39º Feste começa hoje!

O Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba – Feste – chega a sua 39ª edição, após um hiato de um ano, e vem com 21 espetáculos gratuitos para públicos de todas as idades. Teatro Galpão, Parque da Cidade, Bosque da Princesa, CEU das Artes e praça Monsenhor Marcondes serão palco de comédias, dramas e novas linguagens cênicas que prometem fazer pensar e arrancar aplausos da plateia.
A abertura será na quinta-feira (9), às 20 horas, no Teatro Galpão, com uma montagem que vai dar o que falar: “Luis Antonio Gabriela”. No espetáculo convidado, a Cia. Mugunzá de Teatro, de São Paulo, tratará da questão da transexualidade, preconceito e aceitação, em um verdadeiro documentário cênico, que relata uma história real e emocionante.
Todos os dias haverá apresentação teatral na cidade. Para os espetáculos no Teatro Galpão, será necessário retirar o ingresso na bilheteria, uma hora antes de cada apresentação, já que o local possui somente 221 assentos e as sessões costumam lotar. As peças fora do Teatro têm entrada livre. Também é importante se atentar para a classificação etária de cada espetáculo, inclusive os da categoria infantil.
O Feste é realizado pela Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Educação e Cultura e Departamento de Cultura. De acordo com o diretor de Cultura, Alcemir Palma, é com muita alegria e satisfação, que a Prefeitura de Pindamonhangaba volta a realizar o Feste. “Este é um festival que já se tornou referência para os grupos da região do Vale do Paraíba e do país e um momento na qual as experiências e as diversas formas de artes cênicas estarão nos palcos de cidade”, lembrou.

Sinopses dos próximos espetáculos:

Luis Antônio – Gabriela

Dia 9
20h
Teatro Galpão
Classificação: 16 anos
Cia. Mungunzá de Teatro (SP)

O espetáculo Luis Antonio – Gabriela revela a trajetória, por meio de impressões recortadas, de um travesti de meia idade que, posteriormente, se tornou uma figura conhecida no exterior sob o codinome Gabriela. Por meio de levantamentos biográficos que consistem em fotografias, diários, cartas, entrevistas com familiares e amigos e objetos pessoais, a Cia. Mungunzá de Teatro leva ao palco a forte história que se passa sob o reflexo da violência familiar em decorrência da ditadura militar a partir de vários pontos de vista.
O irmão caçula abusado sexualmente pelo mesmo, a irmã mais velha que sai em busca do corpo do irmão pelo mundo, um pai que não o reconhecia como filho, amigos e colegas de trabalho que detinham um misto de estranhamento e admiração por sua figura, e pelo próprio olhar de Luis Antonio, garoto que aos oito anos descobre a homossexualidade e desde então entra em uma busca incessante pela própria identidade, pela qual se descobre a vida.

O incansável Dom Quixote

Dia 10
20h
Teatro Galpão
Classificação: 12 anos
Magnífica Trupe de Variedades (RJ)

“O incansável Dom Quixote” narra a saga do mais valoroso cavaleiro andante que cingiu espada no mundo! Este homem de incomparável coragem e retidão, sempre montado em seu cavalo Rocinante e ao lado de seu escudeiro-amigo-braço-direito Sancho Pança, passa por muitas desventuras em teste de sua obstinação e coragem. Perde batalhas, duvidam de sua saúde mental o chacoteiam… mas nada disso é páreo para a mente inquieta e o coração incomensurável do “Cavaleiro da Triste Figura”.
A adaptação do romance de Cervantes para o palco se dá a partir da performance de um único ator em cena que é narrador, Dom Quixote, Sancho Pança, Dulcinéia, Rocinante e todo o mais que compõe o espetáculo. Propomos um teatro onde o ator se coloque no risco de criar o espetáculo com seu corpo e pouquíssimos elementos essenciais. Pesquisamos maneiras de encontrar a “corporeidade da palavra” de modo que o jogo interpretativo gere uma harmonia entre o nascimento palavra e movimento executado, como se ambos fizessem parte de uma mesma unidade indissolúvel: gesto-palavra. Tudo se resume a uma mala, um ator, a plateia e o jogo.

  • Artistas da cidade estão fazendo a divulgação da programação do festival, levando um pouco da alegria e das cores da arte enquanto transformadora da realidade