História : A história do assassino “Barba Azul”

Sobre esse francês apelidado “Barba Azul” fomos encontrar dados sobre a sua história com Max Altman, no site OperaMundi (https://operamundi.uol.com.br ›).

Ele atraia viuvas, as vítimas, colocando anúncios nos jornais, se passando por alguém interessado em casamento. Considerado culpado de ter roubado e assassinado dez mulheres viúvas ou separadas e o filho de uma delas, além de sumir com os cadáveres, foi condenado à morte.

Depois de assassinar, após prováveis estrangulamentos, desmembrava e queimava os corpos. Com o sumiço do cadáver, as vítimas eram listadas como “desaparecidas”, o que confundia a polícia. Até que a irmã de umas das vítimas, Madame Buisson, denunciou seu desaparecimento. Ela não sabia o nome verdadeiro, de “Barba Azul”, mas guardava muito bem a aparência do assassino. Foram essas informações que levaram a polícia a encontrar Landru. Faltavam as provas, os corpos das vítimas.

A polícia vasculhou sua casa encontrando somente recortes dos anúncios e as correspondências enviadas e recebidas, inclusive para Madame Buisson. E foi o que bastou para indiciar Landru, que utilizava diversos nomes falsos, entre eles, o de Monsieur Tartempion (Senhor Fulano de Tal).

Extremamente detalhista, Landru era considerado um maníaco por agendas e fichas. A revelação de suas anotações teriam levado mais de 100 testemunhas ao tribunal. Imprudente, ele havia feito um dossiê para cada uma das 283 mulheres que atraira em cinco anos. O jardim de sua casa foi esquadrinhado e revirado; charcos e lagos foram sondados. Num pequeno forno doméstico, em meio a cinzas, foram encontrados dentes, pedaços de ossos e botões.

Nada que provasse que tais restos pertenciam a alguma das desaparecidas. Não havia provas consistentes.
Durante o julgamento, tribunal cheio, o defensor de Landru, o advogado Moro-Giafferri, estendendo o braço e apontando na direção do fundo da sala, teria exclamado: “Essas mulheres que o senhor promotor diz que estão mortas vão agora aparecer!”. Foi quando todos que estavam na sala se voltaram para a porta de entrada, que permanecia fechada.“Estão vendo? Nem os senhores estão convencidos que essas mulheres estão mortas”, disse então o advogado Moro. Porém, sem se impressionar, o promotor Godefroy teria contestado dizendo que todos haviam voltado os olhos para a porta… menos Landru.

Apesar da resistência de Henri Désiré Landru, que insistia em sua inocência, a sentença de morte foi pronunciada pelo presidente da Corte Criminal de Versalhes. A convicção com que o “Barba Azul” afirmava que o tribunal estava equivocado, teria motivado um fato extraordinário: “…depois de ter decidido pela pena de morte, os jurados, por unanimidade, dirigem um pedido de graça ao presidente da República, Alexandre Millerand, que a recusa”.

No dia 1º de dezembro de 1921 ele foi guilhotinado na prisão de Saint-Pierre de Versalhes. Conta Max Altman que Landru esmerou-se em seu personagem até o fim de sua vida. Mesmo a caminho para o cadafalso, aos 52 anos, calvo, barbas longas e negras, quando lhe foi oferecido o copo de conhaque e o cigarro, prática comum por parte dos verdugos em tais circunstâncias, ele os recusou dizendo:“Não fazem bem à saúde!”.

(Em 1947, Charlie Chaplin adaptou a vida de Landru para o cinema em Monsieur Verdoux. Estreado em abril de 1947 nos Estados Unidos, o filme foi muito mal acolhido pela crítica, porém, teve grande sucesso na Europa.)