Editorial : Além das fronteiras

Derrubar a barreira da indiferença já é bastante significativo em um País que não consegue debater de forma eficaz questões ligadas à cultura. Em nível nacional, investimentos e financiamentos na área da indústria criativa sofrem preconceitos e ainda por cima têm poucos dados oficiais a esse respeito e qual o impacto que este setor causa em outras áreas econômicas, por exemplo.

Diante deste cenário, as manifestações culturais que ultrapassam este pensamento e conseguem voar um pouco mais alto são “insistentes” e por que não dizer “sobreviventes” de um setor frágil e pobre de estatísticas concretas.

Mesmo assim, Pindamonhangaba vem trilhando um caminho de ascensão quando se fala em manifestações culturais. Atualmente, o município tem programas, editais e eventos que driblaram a barreira da participação e do interesse coletivo (e até de plateia) e levam atrações, exibições e debates mesmo que para um número reduzido de pessoas.

O Festival Nacional de Teatro da cidade é um exemplo de evento que, mesmo sendo interrompido, ressurgiu para provar que tem grande potencial cultural, educacional e turístico.

Companhias e grupos teatrais do município seguem, paralelamente, participando de eventos e de festivais, como o “Encuentro Internacional de Teatro Independiente en Río Ceballos”, da Argentina, que teve participação da pindense ‘Companhia Mônica Alvarenga’ representando o Brasil. Além disso, divulgamos esta semana, que a ‘Cia. Controvérsias’ está arrecadando verbas para participar do “47º Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa”, no Paraná – onde teve sua obra “Estado de Sítio” selecionada. A ‘Cia. Severinas’ também foi selecionada recentemente em dois festivais. E tantos outros grupos da cidade que, constantemente, representam a cultura pindamonhangabense e regional em eventos nacionais e internacionais.

Por tudo isso, acreditamos que sempre existirão pessoas empenhadas em quebrar barreiras – talvez não para viver de cultura –, mas para impactar positivamente uma comunidade.