Editorial : Antes que eu me esqueça

Em setembro, mais precisamente no dia 21, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer e, por isso instituiu-se o “Setembro Roxo”, que visa disseminar informações para prevenção da doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas possuam algum tipo de demência no mundo. Dentre esses casos, 70% são causados pela doença de Alzheimer. No Brasil, o número tende a triplicar até 2050 e estima-se que os casos devem chegar a 152 milhões em toda a população mundial.
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência e caracteriza-se pela perda ou redução progressiva das principais capacidades cognitivas, como atenção, memória, percepção, raciocínio e linguagem.
Mesmo com os avanços da Medicina e as constantes pesquisas acerca do assunto, a doença de Alzheimer ainda não possui uma cura. Porém, com a prática de exercícios cognitivos, é possível postergar o aparecimento dos sintomas.
A ginástica para o cérebro consiste em tirar o cérebro da zona de conforto, com atividades novas, variadas e com grau de desafio crescente, fundamentadas no conceito da neuroplasticidade – já comprovado pela neurociência – ou seja, a capacidade do cérebro de desenvolver de acordo com estímulos.
Com isso, os praticantes aumentam a reserva cognitiva, ou seja, a resiliência do cérebro em apresentar melhores condições de se proteger, de tolerar ou lidar melhor com as alterações cerebrais.
A ginástica para o cérebro estimula habilidades cognitivas e socioemocionais, como memória, atenção, raciocínio lógico, criatividade, capacidade de criar estratégias e outras.
A prática melhora ainda a autoestima e é responsável por amenizar sintomas de ansiedade e estresse, podendo evitar outras doenças, como a depressão.
O Alzheimer provoca um cenário devastador, não só ao paciente, mas também a toda a família. Por isso, com “Setembro Roxo” chegando, informação como prevenção nunca é demais!