Apito na boca e bandeira na mão

Colaborou com o texto:
Dayane Gomes

Nascida em Carangola (MG), a jovem de 14 anos de idade chegou a Pindamonhanga, no Vale do Paraíba, em busca de qualidade de vida. Sua instalação na cidade aconteceu na casa da irmã. Logo, o futsal apareceu como uma atividade pertinente aos seus objetivos. Assim, ela iniciou uma jornada de crescimento gradativo. Até que, atualmente, Fabrini Bevilaqua Costa faz parte do corpo de arbitragem da maior entidade do território nacional, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A mineira ingressou em aulas de futsal na adolescência, ao lado do irmão. Sua desenvoltura a levou para a seleção pindamonhangabense da modalidade e também da “aparentada”, o futebol. A essa altura, seu gosto por esportes já era uma certeza, ao ponto de fazê-la decidir por trilhar um caminho profissional na área. Sua escolha foi a de cursar uma faculdade de Educação Física. Inclusive, ela conseguiu o benefício de bolsista.
“Eu era atleta do futsal de Pinda e uma colega do time começou a trabalhar como árbitra. Ela me incentivou a ir também”, conta Fabrini. Deste modo, a jogadora buscou qualificação através de um curso da FPF (Federação Paulista de Futebol) e deu o pontapé inicial da sua trajetória na arbitragem em 2006.
Os torneios de categorias de base foram os cenários primários de atuação da jovem. Indo de Pinda para a região, ela alcançou o degrau estadual. Entretanto, sua crescente não parou por aí. Desde 2013, ocupa o cargo de diretora de arbitragem da LPMF (Liga Pindamonhangabense Municipal de Futebol). Em 2015, teve início sua carreira na instituição nacional. “O momento em que entrei na CBF foi um dos mais marcantes”, considera a árbitra assistente, que lista uma outra situação como especial: a atual.
Isso se dá ao fato de ter sido uma das nomeadas para integrar a Fifa (Federação Internacional de Futebol). Recentemente, a profissional de 33 anos de idade foi convocada para realizar uma avaliação física de índice mundial com o objetivo de compôr uma vaga da listagem selecionada a partir do rendimento em campeonatos no Brasil. Dias depois, veio a confirmação. “Recebi uma ligação do Gaciba, presidente de arbitragem da CBF, me dando a notícia de que eu estava sendo indicada”, lembra.
Enquanto aguarda a confirmação da Fifa, Fabrini tem muita história para recordar, com jogos de “Copinhas”, “Campeonatos Estaduais”, “Brasileirão série B, C e D” no currículo. “Me sinto muita realizada e com a certeza de que meu trabalho será ainda mais árduo, com responsabilidade ainda maior”, afirma, contente com os resultados atingidos até aqui.