Ave rara é encontrada na Fazenda Santa Isabel, em Pinda

TEXTO: Joyce Dias

Ele é considerado um dos animais mais velozes, podendo atingir cerca de 320 quilômetros por hora, além de ser uma espécie rara, tendo menos de mil exemplares catalogados no mundo. Estamos falando do falcão-peregrino (falcos peregrinos), uma ave rapina que faz jus ao seu nome, pois viaja por todo o continente percorrendo cerca de 22 mil quilômetros.
Essa ave na América do Sul só surge em espécie migratória, passando pelo Brasil entre os meses de outubro e abril. Nesta semana, a peregrina está migrando em Pindamonhangaba, na Fazenda Santa Isabel. Ela foi vista pelo observador de pássaros, Juliano Marques Gomes, no último dia 17.
“Já é o terceiro ano em que eu fotografo essa espécie aqui em Pinda”, conta o observador, garantindo ser o único que conseguiu registrar o pássaro na cidade neste ano.
Os falcões-peregrinos aparecem todos os anos nos mesmos pontos de invernagem e na mesma época. Juliano afirma que já estava à espera da ave, porque ela costuma passar pela cidade durante o inverno boreal.
Juliano Gomes já fotografou aproximadamente 283 espécies diferentes de aves na região, sendo a maioria delas em Pindamonhangaba. No ano passado ele registrou a coruja Jacurutu, uma espécie rara que é considerada a maior das Américas.
Para “apassarinhar”, o registrador precisa de muita paciência para observar as aves. Geralmente, ele utiliza playbacks com sons de canto dos pássaros para chamar a atenção deles.
“Preciso colocar o áudio com intensidade mais baixa, por que assim eles sabem que eu estou tocando no território deles mas acham que estou com medo. E é aí que ele vem para me espantar e eu desligo o som e faço a foto”, explica o observador de pássaros.
As fotos das aves registradas pelo observador estão disponíveis no Instagram “Seres da Mata” e também no site http://www.wikiaves.com.br/perfilseresdamata, que é uma plataforma de informações sobre espécies de pássaros de todo o país.

  • O falcão-peregrino foi visto pelo observador de pássaros na última sexta-feira (17)
  • Para registrar os pássaros, Juliano Marques passa horas na mata analisando as aves