Construindo Cidadania: Ensinamentos do voluntariado

Muitos dizem que a vida ensina, e realmente o faz, para quem quer aprender, mas o voluntariado é uma grande fonte de aprendizado e desta só pode beber quem se voluntariar a isto (desculpe-me a redundância).
O voluntariado nos traz aprendizados de forma quase que instantânea, e sem precisar dizer o que está ensinando, vem de forma natural, como deveria ser a educação, natural, sem uma estrutura que obrigue você a aprender, principalmente aquilo que você não se identifica tanto, aquele ponto que para você é menos importante. O voluntariado traz isso de uma maneira agradável, fazendo você aprender trabalhando, se divertindo, ajudando, pensando, produzindo realmente.
Normalmente o voluntário produz algo mais palpável, onde ele vê o começo, meio e o fim, pois na maioria das vezes ele, o voluntario, faz parte do começo do meio e do fim.
Essa participação, ativa muitos de seus sentimentos, como o de pertencimento, de potencialidade, muitas vezes ele se julgava incapaz de fazer tal atividade, mas diante de um grupo, empurrado pela motivação, entusiasmado pela possibilidade, ele vai e realiza.
Os aprendizados são enormes, de trabalhar com outras pessoas com pensamentos diferentes, de respeito ao próximo e ao olhar alheio, de respeito ao valor das coisas, de respeito ao tempo seu e dos outros, de interesse pelo outro mesmo sem saber quem é ou de onde vem.
Cabe ao voluntário, depois de terminado o trabalho, refletir sobre o tempo em que passou envolvido na atividade, qualquer que possa ter sido e possa perceber quais foram esses aprendizados.
Para os jovens e crianças cabe um momento de conversa e de troca para que este conhecimento possa ser melhor assimilado e definido, bem como compreendido.Quer saber, para nós adultos também cabe este momento de papo para isso, não somos superiores em nada, muito menos dos jovens. Este é outro aprendizado que o voluntariado traz, não somos heróis, somos pessoas que “acordaram” para as possibilidades da vida um pouco mais cedo do que outros, pois o mundo do jeito que está não vai muito longe, e isto não é uma “profecia apocalíptica”, é uma constatação, estamos aí rodeados pela violência, pela discriminação de todos os tipos, pela intolerância, entre outros. Somos nós os responsáveis pelo que está posto e também pela mudança que pode acontecer. #desejeefaçaomundoquevocêqueracontecer