Construindo Cidadania: O que esperar dos novos cidadãos?

Certamente é uma percepção de todos que existe uma nova geração chegando, jovens ou crianças que não querem mais estudar, ou querem estudar menos, não estão preocupados com carreira, mas estão em busca de experiências, de vivências. Isto é bom ou ruim?
Não é uma questão de ser bom ou ruim, mas de ser diferente e esta diferença acredito ser muito importante para nosso desenvolvimento como sociedade.
Esta reciclagem de ideias, de realidades, de busca, é fundamental para entendermos esta nova sociedade que está por vir, mais preocupada com o mundo e a vida, e menos preocupada com o consumismo que estamos atolados até o pescoço.
Esta nova sociedade, que ainda é uma utopia, mas uma promessa com a nova geração, será uma sociedade com muito mais voluntários de essência do que a geração da década de 60, 70 e 80.
Nós das 3 décadas citadas tivemos que aprender a cuidar do nosso entorno, tivemos que aprender o quanto nós fazemos mal para o planeta e o quanto depende de nós mesmos a sobrevivência de várias espécies, entre elas o ser humano e o pior, tivemos que aprender praticando, pois, o tempo não espera.
Estamos ainda aprendendo que temos que respeitar o próximo como a nós mesmos, mesmo sabendo que muitos não se respeitam, temos que extrapolar o cuidado para tentar minimizar os males que temos causado as nossas relações.
A próxima geração ou esta, que ainda criança, vem mais preparada, mais pronta para entender o mundo e em um click, quase que literalmente assim, ajudar ele a ser mais cuidado e preservado.
Nossa interação com essa geração, não pode ser uma relação de autoridade, como tínhamos com os nossos mais velhos, mas uma relação de parceria, de construção conjunta para que exista um ganha/ganha e assim termos uma sinergia para conseguirmos um bem maior, que é a sobrevivência de nossa espécie.
Stephen Hawking disse em um documentário britânico que a salvação da nossa espécie seria a colonização de outro planeta. Reconheço e reverencio sua genialidade e tenho certeza que perdemos muito com sua partida, pois ele ainda traria muito conhecimento para a humanidade, certamente o maior gênio da nossa era atual, mas acredito ainda no nosso poder de reconstrução graças a genialidade que cada um tem, e a preocupação do ser humano de construir algo para deixar de legado para os filhos e os netos e não falo de herança. Não queremos ser lembrados como os destruidores, mas sim como os reconstrutores de uma nova sociedade.
Eu quero deixar este legado para minha filha.
E você, que legado quer deixar?

 

(Roberto Ravagnani)