Construindo Cidadania: Queremos crescer?

Pronto, como dizem nossos irmãos nordestinos. Uma palavra que resolve muita coisa. Pronto.
Já temos presidente, governadores, senadores e deputados. Agora é trabalhar, fiscalizar e cobrar quando preciso, bem, agora é a partir de 1º de janeiro de 2019, que já está chegando.
Escolhidos estes, temos que voltar nossas atenções aos mesmos assuntos que antes, só que esquecidos, durante o pleito.
Que tal começar com uma noticia ruim? Então, infelizmente é assim que vamos retomar.
Acaba de ser divulgado pelo CAF Word Giving Index 2018, uma publicação da CharitiesAid Foundation, em parceria no Brasil com o IDIS, e tivemos a surpresa ingrata de ter o Brasil rebaixado neste relatório. Para quem ainda não conhece, este relatório é um estudo anual que mede o nível de solidariedade em 144 países, através de 3 quesitos: 1 – Ajuda a Estranhos, 2 – Realização de trabalho Voluntário e 3 – Doação em dinheiro.
Em 2017 comemoramos, pois, o Brasil teve uma boa posição, 75 (septuagésimo quinto lugar), Espanha (71), Peru (88) e República Dominicana (32), estes são os países onde esta coluna é publicada, depois de traduzida para o espanhol.
Em 2018, no relatório que foi apresentado esta semana, Brasil (122), Espanha (54), Peru (100) e República Dominicana (49), salvo a Espanha todos pioraram suas posições, por um lado isto nos consola, pois não foi pela questão governamental somente, houve uma diminuição em outros países também, mas em geral a diminuição tem parcela de responsabilidade nossa, cidadãos que principalmente na questão do voluntariado deixamos a desejar. O Brasil caiu de 20% para 13%, da população que doa parte de seu tempo para uma causa social individualmente ou de forma coletiva.
Portanto mais uma motivo para esta coluna continuar existindo e expandir cada vez mais, pois o cidadão brasileiro e de qualquer outro país, precisa compreender que pode não doar dinheiro por falta dele, mas ajudar alguém com uma informação, uma orientação ou dedicar uma pequenina parte de 2 a 3 horas semanais em prol de uma causa, não há crise que possa nos parar. Os motivos, todos que venham, são certamente compreensíveis, mas certamente por ainda não entendemos o valor do voluntariado em nossas vidas e carreiras temos estes motivos.
O ensinamento do voluntariado é gratuito, com alto grau de comprometimento, com resultados sociais, pessoais e profissionais, parece uma daquelas panaceias miraculosas, mas não, são práticas conscientes, organizadas e eficazes para os que executam e os que recebem.
Vamos ajudar nossos países a melhorar os índices no ano de 2019?
Vamos, mas não pelo índice, mas por tudo que o trabalho voluntário pode trazer de retorno e pelo nosso querer ver todos a nossa volta mais, respeitados, felizes e participantes ativos da sociedade.