Editorial : Elas chegaram

esejadas ou não (e geralmente a segunda opção prevalece), elas sempre aparecem a cada início de ano. Seja por meio do IPTU, do IPVA, do licenciamento e do seguro obrigatório, ou da matrícula, da mensalidade e do material escolar, as “contas de janeiro” dão o ar da graça para nos mostrar que sim, existe vida pós-festas de Natal e de Réveillon.

Ainda podemos acrescentar a esta somatória os gastos feitos com o cartão de crédito. Geralmente, a fatura costuma vir mais alta no começo do ano em virtude das compras dos presentes de Natal, de “amigo secreto” e de festas da empresa ou da igreja, entre outras sociais.

A lista é grande, contudo, previsível. E, para não pesar no bolso e não bater o desespero, é preciso estar preparado e já deixar tudo organizado antes de sair para curtir os eventos ou as férias.

De acordo com especialistas em finanças, o ideal é utilizar o valor – ou parte – do 13º salário para quitar as dívidas do começo do ano. Teoricamente, esse dinheiro não está incluso no nosso orçamento mensal. Por isso, é um bônus mais que bem-vindo para nos tirar do sufoco financeiro.

Agora, se você já comprometeu o 13º salário com dívidas anteriores ou já recebeu antecipadamente e o utilizou, é preciso repensar em como pagar as “contas de janeiro”. Caso não seja possível pagá-las à vista, faça as contas e defina as prioridades. Em muitos casos alguns boletos valem mais a pena serem pagos de uma única vez do que parcelados.

Ainda de acordo com economistas, pesquisar antecipadamente os descontos que as faturas terão caso sejam pagas à vista podem fazer a diferença. Mesmo que sejam descontos de 10% ou apenas 5%.
Por falar em pesquisar, às vezes é necessário deixar a preguiça e a falta de tempo de lado e correr atrás do melhor preço. A famosa “pesquisa de preços” é grande aliada da economia. Comparar preços não é coisa de gente sem dinheiro, é atitude de pessoas conscientes economicamente. Claro que é preciso ter tempo para realizar as pesquisas. Na maioria das vezes, é necessário até falar com o gerente. Mas, se for para melhorar as condições de pagamento e receber bons descontos vale a pena.

É sempre bom lembrar que o país inteiro está em crise e que as contas não deixarão de chegar por conta disso. Então, evite gastos desnecessários. Fuja das tentadoras liquidações de início de ano, que muitas vezes são de fachada. E, se possível, já se programe para que nos próximos 11 meses seguintes você consiga não utilizar o 13º salário com pagamento de dívidas. Seja economicamente consciente!