“Fim de Ano”: Vai viajar? Já tomou as vacinas recomendadas?

O fim de ano está chegando e com ele, os recessos escolares, as férias em família e a diversão garantida. Algumas famílias planejam viajar para o litoral, para regiões interioranas do País ou até para destinos fora das fronteiras brasileiras.
Mas, existe um procedimento tão importante quanto a lista dos locais que serão visitados, a compra das passagens, as reservas de hotéis e a organização das malas: verificar se a Carteira de Vacinação está em dia e ainda quais são as vacinas exigidas para a entrada em países estrangeiros ou regiões do Brasil também é fundamental para o sucesso da viagem.
A preocupação com a imunização para as viagens se mostra ainda mais necessária se observados dados recentes do Conselho Europeu de Assessoria em Saúde de Viagem, que apontam que 40% das pessoas que vão visitar outros locais, chegam a procurar orientação médica somente momentos antes do embarque no avião ou de começar a percorrer a estrada. O documento mostra ainda que 20% das pessoas só marcam consultas com profissionais da saúde quando falta menos de 14 dias para a viagem, e menos de 10% possuem a carteirinha de vacinação atualizada.
De acordo com a farmacêutica Manuella Duarte, o mais indicado é que antes de viajar, as pessoas procurem por orientação médica com mais ou menos um mês de antecedência, para que assim sejam tomadas as doses das vacinas que estão faltando na ‘carteirinha’. Essa antecipação é importante, pois, algumas das vacinas levam semanas para gerar a proteção almejada, por isso, as mesmas devem ser tomadas ao menos 15 dias antes da viagem.
“Já para as pessoas que irão viajar ou fazer conexões em países que exijam a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, é recomendado que verifiquem nos sites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Organização Mundial da Saúde quais vacinas são indicadas para a visitação do país de destino”, aconselha Manuella.
Exigido em cerca de 130 países, o certificado pode ser emitido e retirado nos Centros de Orientação para Saúde do Viajante da Anvisa, unidades credenciadas do Sistema Único de Saúde e em clínicas particulares credenciadas.
Ainda de acordo com a farmacêutica, a imunização vacinal para a realização de viagens pode evitar a contaminação e disseminação de doenças endêmicas e contagiosas, além de impedir eventuais transtornos, como por exemplo, a não concessão do carimbo do passaporte, que dá direito a entrada de viajantes em várias nações ao redor do mundo. “Para a prevenção de doenças que não são epidêmicas, mas que apresentam um alto número de casos em determinadas regiões, é aconselhável que além das imunizações obrigatórias, as pessoas também procurem se informar sobre as vacinas que são recomendadas para a prevenção de enfermidades presentes em áreas de risco”, sugere.
Saiba mais
Entre as imunizações mais exigidas para as viagens internacionais, atualmente, está: contra a febre amarela – que é obrigatória para a entrada em países como o Afeganistão, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bahamas, Bolívia, China, Colômbia, Cuba, Índia, Paraguai e Venezuela, entre outros países da América do Sul e do continente africano.
Sobre as vacinas que são recomendadas para viagens ao exterior estão as imunizações contra a hepatite A e febre tifóide – para pessoas que irão visitar países asiáticos, africanos e cidades litorâneas. Estas vacinas são indicadas para viagens para locais sem saneamento básico adequado.
A vacina contra a meningite meningocócica é necessária para viagens ao interior da África, da Índia e de áreas do Oriente Médio. Para quem deseja viajar para alguns países europeus como: Itália, Portugal, Romênia e Ucrânia, é importante que se imunizem contra o sarampo.
No Brasil, para os que desejam explorar as belezas do litoral, é prudente se imunizar com as vacinas contra a febre amarela, febre tifóide, hepatites A e B, poliomielite, difteria, tétano, coqueluche, meningite meningocócica, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e tuberculose, em casos necessários.

  • É preciso verificar a situação vacinal antes de pegar a estrada