Gerdau Summit inicia operações e deve gerar 100 novos empregos

Empreendimento produzirá peças para abastecer a construção de novos parques eólicos, que fornecem energia limpa

A Gerdau inaugurou na terça-feira (28), na usina de Pindamonhangaba, a Gerdau Summit, uma joint venture com os grupos japoneses Sumitomo Corporation e Japan Steel Works (JSW). O objetivo do novo empreendimento é, principalmente, o fornecimento de peças para a geração de energia eólica e a previsão é que sejam gerados 100 novos empregos diretos no município.
Até 2020, serão investidos R$ 280 milhões para a aquisição de máquinas e equipamentos da operação. A empresa terá capacidade de 50 mil toneladas por ano, para atender o setor de energia eólica e as indústrias de açúcar e álcool, óleo e gás, e também o segmento de mineração. A expectativa é que, nos próximos três anos, a produção de peças forjadas para o setor eólico cresça cerca de 70%.
De acordo com o vice-presidente de aços especiais da Gerdau na América do Sul, Guilherme Gerdau Johannpeter, o objetivo da parceria é aproveitar a capacidade financeira e a rede comercial da Sumitomo e o conhecimento tecnológico da JSW. “A indústria eólica será fundamental para mudança da matriz energética e queremos participar da mudança”, afirmou.
Para Takeshi Murata, diretor executivo da Sumitomo, a Gerdau Summit visa a atender as necessidades do Brasil e de outros mercados: “Espero que nosso time de brasileiros e japoneses crie uma nova história de cooperação entre as nações”.
Takashi Shibata, diretor executivo da JSW, ressaltou que “a Gerdau Summit reúne pontos fortes das três empresas envolvidas e se tornará líder em forjados e fundições na América Latina e em todo o mundo”.
O prefeito Isael Domingues, que participou da solenidade de inauguração da joint venture, destacou a importância de investimentos em energia limpa. “Nos alegramos por receber investimentos em nossa cidade, que além de trazer benefícios para nossa população, irá contribuir para o desenvolvimento sustentável de nosso país, ampliando as possibilidades de uma energia que não polui o meio ambiente”.

Produção e empregos

Com o início das atividades do novo empreendimento, a Gerdau fornecerá peças para quase todo o processo de montagem de parques eólicos. Serão produzidos na usina de Pindamonhangaba, eixos para aerogeradores, anéis de rolamento e o vergalhão que é fabricado em várias unidades da Gerdau, bem como as chapas grossas que a empresa começou a produzir na usina de Ouro Branco (MG) no ano passado.
Parte dos equipamentos deve chegar à unidade no primeiro semestre do ano que vem e até o fim de 2018, a usina deve estar produzindo para o setor eólico, com a contratação de aproximadamente 100 funcionários neste período.
O prefeito Isael enfatizou que a geração de empregos neste momento de crise é muito importante. “As indústrias instaladas em Pinda estão buscando soluções em novos mercados, como a Gerdau, que, com esse novo empreendimento, diversifica e amplia sua produção, podendo gerar empregos num momento econômico delicado em todo o país”
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Martuscelli, o município está “entrando no cenário do Mercosul, contribuindo para a geração de energia eólica. “Essa data é um marco na história do município, que também ganha com a arrecadação”.

Imagens: Jucélia Batista
  • Prefeito entre representantes da Prefeitura e de executivos das três empresas