Histórias da Cidade Princesa -A ‘Tribuna do Norte’ e seu fundador

Um jornal de Pindamonhangaba faz aniversário no dia 11 de junho!

É a nossa ‘Tribuna do Norte’.
Faz 140 anos! Mas a ‘Tribuna’ é velhinha só na idade. Ela acompanha a modernidade do progresso. Está ligada na divulgação das benfeitorias que serão ou estão sendo realizadas na cidade. Está atenta a todo fato ou feito interessante que mereça sair no jornal: seu bairro, seu vizinho, sua escola, seus professores, você… Enfim, está de olho em tudo que acontece em nossa cidade!

A Tribuna nasceu no dia 11 de junho de 1882. Seu fundador, o Dr. João Marcondes de Moura Romeiro, nasceu no dia 26 de maio de 1842. Era o quarto dos 11 filhos de dona Ana Francisca e do membro da Guarda de Honra de Dom Pedro I, o sargento-mor José Romeiro de Oliveira.

João Romeiro desempenhava muitas atividades. Era considerado muito bom no desempenho de todas elas. Foi advogado, deputado, vereador, juiz de direito, jornalista e poeta.

Um dia, João Romeiro sentiu a necessidade de ter um jornal onde não apenas ele, mas também outros pudessem expor ideias, comentar acontecimentos. Assim nasceu a sua “Tribuna”…

“Tribuna” porque tribuna lembra aquele local onde ficam as pessoas que fazem discursos, falam ao povo. Aí, como naquele tempo consideravam Pindamonhangaba como cidade que se localizava no“caminho do norte”, caminho que os bandeirantes faziam quando partiam da capital de São Paulo para Minas Gerais, o nome ficou sendo “Tribuna… do Norte”!

O jornal foi fundado num tempo em que no Brasil havia rei e rainha. Escravos nas fazendas, cuidando da casa dos fazendeiros, cuidando das plantações ou do gado. Foi nesse tempo que João Romeiro começou a usar a sua Tribuna para divulgar suas ideias. A principal delas era a libertação dos escravos!

Nessa luta, além da Tribuna e dos amigos que também queriam a liberdade dos escravos, João Romeiro teve ao seu lado a Câmara, pois tinha sido eleito vereador.

O fim da escravidão em Pindamonhangaba chegou no dia 25 de fevereiro de 1888. Setenta e oito dias antes de 13 de maio de 1888, data em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.

A missão seguinte da “Tribuna do Norte” e de seu fundador foi apoiar a Proclamação da República. João Romeiro via com simpatia a forma de governo proposta pelos republicanos, isto é, era favorável ao fim da monarquia no Brasil. Sendo vereador presidente da Câmara deste munícipio quando o Marechal Deodoro proclamou a República, ele reuniu os vereadores e o povo e aprovou uma mensagem de solidariedade ao novo governo do Brasil.

João Marcondes de Moura Romeiro morreu aos 73 anos, no dia 8 de julho de 1915. Das importantes participações dele e da “Tribuna do Norte” na história da Pátria, foram estas as de maior destaque.

Para encerrar nosso papo, recordemos também o João Romeiro poeta. Foi ele o autor da letra de um hino que você sempre canta em sua escola. A música desse hino tem como autor outro ilustre pindamonhangabense, o maestro João Gomes de Araujo. Começa assim…

Salve! Ó terra querida!
paraíso terreal,
onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!…

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