Homenagens, poesia e música marcam plenária da Academia Pindamonhangabense de Letras Altair Fernandes

A noite da última sexta-feira (20), reuniu poetas, escritores, professores, estudantes e demais convidados no Palacete do Visconde da Palmeira para prestigiar mais uma sessão plenária solene da APL – Academia Pindamonhangabense de Letras.
Composta a mesa dos trabalhos pelo secretário Aércio Muassab, a presidente APL, Elisabete Guimarães, deu início ao evento e a primeira atração da noite ficou por conta do casal de acadêmicos Paulo Tarcizio e Anamaria. Coube a dupla de literatos prestar homenagem ao ilustre pindamonhangabense: escritor, poeta e engenheiro Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, o Juó Bananére, que se consagrou por suas paródias na linguagem ítalo-paulista.

Juó Bananére

A homenagem constou da leitura de breve biografia de Juó Bananére e interpretações de algumas de suas paródias para obras de autores como Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Camões, Raimundo Correa.
A acadêmica Anamaria interpretou os trabalhos poéticos consagrados pelos respectivos autores e, na sequência, Paulo Tarcísio declamou a paródia correspondente de autoria de Juó Bananére na linguagem ‘macarrônica’ (assim conhecida a mistura do italiano com a linguagem dos paulistanos na época).
Presente à sessão, o presidente de honra da APL, Francisco Piorino Filho, lembrou que até hoje a homenagem que cultua a memória de Juó Banenére em sua terra natal é a denominação de uma rua no bairro Alto Cardoso. Também com a palavra, a acadêmica Angélica Villela Santos (presidente da Academia Taubateana de Letras), lembrou a origem do pseudônimo Juó Bananére (‘João Bananeiro’), que consagrou o grande escritor pindamonhangabense.

Poesia
Prosseguindo a sessão, as professoras, Elaine (acadêmica) e Júlia, apresentaram seus alunos, Escola Estadual Ismênia Monteiro de Oliveira, para a leitura de poemas classificados em concurso da escola. Poemas que tiveram como tema a lenda do casal de namorados que, impedidos de viver uma grande amor, teriam preferido a morte embaixo de uma árvore no Bosque da Princesa.
Também relacionado à poesia, a acadêmica Rhosana Dalle apresentou os poemas vencedores de concurso sobre o tema ‘Mãe’, que a APL, por intermédio de sua presidente, Bete Guimarães, e pela acadêmica Neila Cardoso, haviam realizado com as detentas da Penitenciária Feminina II de Tremembé.

13 de Maio
Outra data do mês de maio lembrada pela APL, além do Dia das Mães, através do concurso realizado em Tremembé, foi a da assinatura da Lei Áurea’, o 13 de Maio de 1888. Alunos da Fasc – Faculdade Santa Cecília, sob a coordenação da acadêmica, professora Jaqueline Bigaton, fizeram apresentações musicais e falaram sobre a importância do negro escravo na cultura brasileira (com exibição de vídeo).
O grupo, em trajes africanos, se apresentou com Roncali Rosemberg Nascimento, de Taubaté, que explicou a origem dos tambores; Paula Gnan, de Guaratinguetá, que cantou com os demais, o ‘Canto das três raças’ (Clara Nunes); Robson Albino dos Santos, de Taubaté, tocou tambores e pandeiro.

Mesa
A plenária foi conduzida pela presidente APL, Elisabete Guimarães, que compartilhou a mesa dos trabalhos com vice-presidente APL, Edmar de Souza; representante da Secretaria Municipal de Educação, Ione de Almeida Barbosa; acadêmica Ângelica Villela Santos (presidente da Academia Taubateana de Letras); presidente de honra da APL, Francisco Piorino Filho.

Imagens: Akim/Agora Vale
  • A presidente da Academia Taubateana de Letras, que também é membro da APL, Angélica Villela, explicou a origem do pseudônimo Juó Banenére (‘João Bananeiro’)