Incêndio atinge prédio da antiga fábrica Nobrecel em Pindamonhangaba

No último dia 29, um incêndio atingiu o prédio da antiga fábrica da Nobrecel, localizada na fazenda Coruputuba, em Pindamonhangaba.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, por se tratar de um incêndio de grande proporção – foram necessárias seis viaturas, com equipes de Pindamonhangaba e de Guaratinguetá – para conter o fogo que tomou conta da edificação de cerca de 1600 m².
Ainda segundo os Bombeiros, o incêndio atingiu materiais de escritório. As causas ainda estão sendo investigadas.

Sobre o patrimônio
Por se tratar de um processo de falência, é necessário resolver as questões judiciais para que outras decisões sejam tomadas em relação ao prédio, ao local e ao patrimônio histórico. É o que explica o secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Anderson Plínio Alves.
“É bom deixar claro que a Prefeitura não é parte do processo de falência da empresa Nobrecel. Este é um processo que envolve trabalhadores; o fisco Estadual e Federal, por conta de questões ligadas a pagamentos de impostos, envolve ainda bancos e outros credores; menos a Prefeitura”, explicou. “Do ponto de vista judicial, é um processo antigo e extenso; que tem cerca de 30 mil páginas. A última movimentação refere-se a uma empresa interessada em adquirir parte dos maquinários e fazer com que a Nobrecel ou pelo menos parte dela voltasse a funcionar. Mas, como envolve muitos credores, poucos concordaram; alguns concordaram, mas com questionamentos e a grande maioria, que são os trabalhadores, discordaram. Então, o processo segue e deve aguardar a decisão judicial. Mas reforçamos: a Prefeitura não é parte do processo”.
Para o prefeito Isael Domingues, além das famílias que seguem aguardando a decisão judicial ainda tem a questão do patrimônio histórico que está se deteriorando. “A administração da massa falida precisa tomar uma atitude urgente porque existem muitas famílias da nossa cidade que estão, há anos, aguardando essa resposta. Há certa inércia, que não sabemos se é natural ou não, mas que acaba por favorecer o vandalismo. Além disso, a deteorização do patrimônio – que tem de ser constantemente avaliado – aumenta a insegurança dessas famílias, que aguardam receber seus encargos pendentes”, considerou o prefeito.

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