Lago do Cisne: Dançando Por Um Sonho

A Lago do Cisne, companhia de dança de Pindamonhangaba com mais de 14 anos de história, vem ganhando destaque no cenário internacional do Balé e poderá representar a cidade em um dos maiores eventos de dança do mundo.

As jovens bailarinas chamaram a atenção dos jurados na competição ‘All Dance Brazil’, festival que classifica as melhores equipes para a edição internacional do evento, que contará com coletivos de dança de todo o globo e ocorrerá na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos.

O festival aconteceu em setembro, de forma virtual e com as apresentações ocorrendo em tempo real.

“A dança explodiu quando elas entraram e os jurados ficaram impressionados” afirmou Esther Follman, professora e coreógrafa da equipe “o que elas mostraram na apresentação era mais do que dança, também tinha garra e muito amor”, disse, emocionada, Esther.

Ao todo, dez coreografias da equipe foram selecionadas, com 17 bailarinas e um bailarino classificados para o ‘All Dance Internacional’, que ocorrerá em junho deste ano.

A equipe começou com poucos alunos, mas aos poucos já contava com aproximadamente 60 crianças na escola. “Sempre foi um desejo ensinar a arte da dança, mas também mostrar para os pequenos como sonhar, e como se expressar, além de toda técnica e disciplina” afirmou a professora.

A Lago do Cisne tem uma longa caminhada em festivais e competições, já tendo se apresentado em vários estados do Brasil e até mesmo em outros países, como Portugal e Estados Unidos.

Pandemia

Durante a pandemia, a escola encontrou dificuldades e se viu obrigada a fechar as portas, mas isso não impediu a equipe de continuar a dançar por seus sonhos. As aulas aconteceram de forma remota, apenas com o núcleo de dançarinas competidoras.

As bailarinas mantiveram uma rígida rotina de treinamentos em casa, além de estudarem a parte teórica do Balé. Mesmo com o distanciamento, a equipe encontrou forças na união e na amizade das dançarinas, preservando o foco e a motivação diante dos desafios da Pandemia.

“Foi muito difícil, pois estávamos longe, mas de certa forma próximas uma das outras e no final saímos mais unidas do que nunca” declarou Maria Eduarda Follmann, Bailarina Solista e campeã com Ballet de Repertório Princesa Florine.

O retorno

Com o retorno das atividades presenciais, a Estação Cidadania, localizada em Moreira César, acolheu os ensaios e treinamentos das dançarinas, que no momento se preparam para o importante ano que começa.

Para as jovens, a dança representa uma forma de expressar seus sentimentos e de vencer a timidez. Todas as dançarinas guardam muitas expectativas para competição, além do orgulho que sentem por tudo que já foi conquistado.

“É muito gratificante ter sido classificada, pois é um sonho não só meu, mas de muitas meninas que também estão aqui” afirmou Luana, uma das bailarinas da escola.

“É um orgulho muito grande ver essas meninas batalhando” destacou Dona Leidy, mãe de uma das alunas. “Eu não vou para o exterior, mas a minha filha vai” concluiu a mãe orgulhosamente.

Atualmente, a equipe batalha para conseguir patrocinadores e outros meios de arcar com os custos da viagem e da competição, enquanto continuam com a preparação para o evento.

A caminhada deste grupo de amigas está longe de acabar, e a certeza que prevalece é de muito suor e esforço para que um objetivo compartilhado pela equipe possa ser atingido.

A luta das dançarinas, que persistiram mesmo com o fechamento da escola, demonstra o valor de um sonho e quão longe se pode chegar com determinação e trabalho em equipe.

  • Divulgação
  • Bailarinas exibem material de participação no concurso “All Dance Brazil”
  • Realizado em setembro, o festival aconteceu de forma virtual, com apresentações em tempo real
  • Coroamento do trabalho: ao todo, dez coreografias da equipe foram selecionadas, com 17 bailarinas e um bailarino classificados para o ‘All Dance Internacional”
  • A companhia Lago do Cisne tem uma longa caminhada em festivais e competições nacionais e de fora do País