Editorial : Mobilidade com segurança

Nesta edição, a Tribuna mostra que o número de acidentes no trânsito de Pindamonhangaba registrou uma queda de 28% nos primeiros cinco meses de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados na última semana pelo Governo do Estado de São Paulo, através do portal Infosiga.

Essa é uma ótima notícia, visto que, todo ano, mais de 1,35 milhão de pessoas morre em acidentes de trânsito no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de feridos varia entre 30 e 50 milhões de pessoas. E, infelizmente, esse índice tende a piorar no futuro — os acidentes de trânsito podem se tornar a quinta principal causa de mortes em todo o mundo até 2030.

O Brasil é o quinto país que mais mata no trânsito, segundo a OMS, perdendo apenas para a Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Só nos últimos vinte anos morreram mais de 662 mil pessoas em acidentes no trânsito brasileiro. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, os acidentes de trânsito matam, a cada hora, cinco pessoas e vinte vão para o hospital.

A ONU defende que as cidades atuais precisam ser redesenhadas para dar espaço às chamadas cidades do futuro, que serão mais resilientes, seguras e sustentáveis. É por essa razão que a mobilidade urbana é um dos pontos fundamentais dentro de uma nova agenda urbana, focada na proteção da saúde dos usuários e do meio ambiente, além de contribuir positivamente para a economia.

Mobilidade cotidiana é o termo usado para fazer referência aos deslocamentos praticados pelos indivíduos para a realização de suas tarefas rotineiras. Ida e volta ao trabalho, à escola, ao supermercado, levar o filho na natação, todos esses movimentos estão inclusos na mobilidade cotidiana.

Cuidar das vias públicas e mantê-las seguras, priorizar a sinalização de trânsito, fiscalizar os motoristas e fazer ajustes que melhorem o fluxo de veículos são algumas das medidas que tem sido tomadas pela administração municipal e que têm refletido na diminuição dos acidentes de trânsito.