Mulheres já representam 43% dos cargos de liderança no Brasil

Atualmente no Brasil há 9,3 milhões de mulheres empreendedoras, segundo a Agência Sebrae de Notícias, o que representa 34% de todos os negócios formais e informais do país. A busca pela independência financeira ou ter uma outra fonte de renda são os principais motivos que levam as mulheres a se tornarem empreendedoras.
O número de mulheres que são chefes de família também é um número considerável. “Antes as mulheres não lutavam pelo espaço, era apenas um complemento para a renda. Em torno de 43% atualmente são chefes de domicílio, é um número bastante significativo. Antes a mulher buscava por condições diferentes. Hoje não há mais motivos para ganhar menos”, afirma Juliana Bacilla de Souza, consultora de negócios do Sebrae-PR. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2017, dos 2,6 milhões de empregos em cargos de chefia, 1.143.821 eram ocupados por mulheres.
Um estudo chamado Mulheres, Empresas e Direito 2019, feito pelo Banco Mundial, mostra que o Brasil, se comparado a outros países, encontra-se em uma boa posição no que diz respeito a liberdade das mulheres em se deslocar, iniciar em um emprego, trabalhar sem a permissão do marido e tendo autonomia de gerenciar.
Mas as mulheres empreendedoras ainda encontram outra dificuldade: as linhas de financiamentos. O valor de crédito disponibilizado para empréstimos para elas em instituições bancárias é de R$ 13 mil a menos do que para os homens e a taxa de juros é de 3,5% a mais — mesmo que o público feminino represente uma taxa de inadimplência menor que o público masculino, sendo 3,7% para 4,2%. “Hoje mais de 50% dos negócios iniciais são liderados por mulheres, em diversas áreas. O empreendedorismo por oportunidade voltou a crescer. As mulheres estudaram, voltaram a crescer, foram atrás e fizeram diferente do empreendedorismo por necessidade”, explica a consultora do Sebrae-PR.