O Influenciador

Hoje em dia, muito se fala sobre a presença dos influenciadores digitais nas redes sociais. Essas personalidades cativam a confiança dos seguidores, que se tornam compradores em potencial. O Instagram já provou que é uma das principais apostas das marcas para se aproximarem da clientela. No entanto, formar opinião não é uma tarefa simples: exige dedicação, pesquisa e criatividade.

Essa profissão não é nova, trata-se de algo que nasceu há centenas de anos, mas que ganhou uma cara totalmente diferente com o advento das mídias sociais.

Essa lógica de utilizar uma pessoa conhecida para atrair a atenção para uma marca ou um produto não é algo novo. O chamado marketing de influência é uma técnica que está sendo usada pelo menos desde 1760, quando a Rainha Charlotte promoveu uma marca de porcelanas – o que pode ser considerada a primeira fase da história sobre influência. De lá para cá muita coisa mudou, mas a técnica ainda é bastante usada pelas empresas no intuito de atrair consumidores.

Apesar de ter suas raízes em um período muito anterior ao advento da internet, foi com a chegada das redes sociais que a profissão de influenciador passou por uma grande transformação. Hoje, um digital influencer é medido por aspectos como tamanho do público, fidelidade, capacidade de engajamento e outros aspectos importantes para as marcas.
Influenciador digital é um indivíduo que possui um público fiel e engajado em seus canais online e, em alguma medida, exerce capacidade de influência na tomada de decisão de compra de seus seguidores.

Que o mundo do marketing vive uma nova era, não é novidade. Foi-se o tempo em que as propagandas eram apenas páginas na revista ou 30 segundos na TV. Hoje, basta acompanhar on-line uma blogueira – ou influencers, como são denominadas essas pessoas – para saber as novidades do mercado.

Em geral, os influenciadores passam a impressão de uma vida perfeita, de glamour, fama e realização, onde se tem acesso a todos os mais novos e exclusivos produtos do mercado. Valoriza-se uma ilusão na qual o ter significa mais que o ser. No “ter” são valorizadas justamente essas ideologias rasas que incluem dinheiro, fama, status social, bens materiais.

Então a notícia boa é que o mercado de influencers só vai crescer. Muitos podem pensar que ele está saturado, mas eu ainda vejo muitas lacunas que podem ser preenchidas. O nicho da Gastronomia, por exemplo, ainda tem poucos influenciadores digitais com mais de um milhão de seguidores. Isso significa que existe um espaço para crescimento e uma parcela de pessoas carentes de conteúdo desse tema.

Adelson Cavalcante
Jornalista Mtb 56.011/sp
Presidente da AJOP