Editorial : O sucesso das marchinhas revivendo bons carnavais

Naturalmente, é possível que você já tenha ouvido muitas marchinhas de carnaval e notado que muitas delas se tornaram grandes sucessos, ultrapassando diversas gerações.

Essa tradição vem do século XIX, quando começaram a surgir os blocos no Brasil, dando um empurrão no carnaval e deixando a folia ainda mais divertida.

Marchinha é o diminutivo de marcha, aquele modo de andar dos soldados. E não é que existe mesmo uma relação com os militares, trazendo uma batida característica, semelhante às fanfarras militares?

Muitas foram compostas há mais de 100 anos e nunca foram esquecidas, mesmo diante do surgimento de novos ritmos.

Num tom nostálgico, as marchinhas revivem os bons carnavais, agora nos blocos de rua e contagiando foliões de todas as idades, provando mais do que nunca que o carnaval nas ruas voltou com força total.

Mas depois de tantos anos, qual é o segredo do sucesso das marchinhas? Elas são um retrato fiel de algumas situações vivenciadas em nosso cotidiano e, além disso, debatem o amor, as profissões, preconceitos e até homenagens.
Sempre trazem letras com humor, são melodias simples e pequenas e narram histórias vividas, protestos e situações rotineiras.

São esses os ingredientes que conseguem manter as marchinhas tão atuais, com um tom saudoso e saudável, capaz de nos remeter à origem do carnaval.

Sem querer ser saudosista, mas como ‘recordar é viver’, não há quem resista à uma boa marchinha, irreverente e compassada.

Com mais um festival do gênero aberto, é hora de usar a criatividade e escrever a melhor música, aquela que reviva os bons carnavais, traga boas ideias e muita diversão.