Pinda volta a receber treinos da Seleção Brasileira de Judô

Depois de um grande período sem treinar no Brasil, a Seleção Brasileira de Judô se apresentou, no início de outubro, para treinamentos em Pindamonhangaba.
A atividade durou dez dias e terminou na última quinta-feira (15), com foco no
retorno do circuito mundial de judô, marcado para dia 23, em Budapeste. O Grand Slam da capital húngara distribuirá até mil pontos no ranking mundial, base da corrida olímpica.
Além de dar oportunidade aos atletas que não estavam conseguindo treinar judô em seus clubes no Brasil, o treinamento na cidade, primeiro realizado pela CBJ após a paralisação do calendário de eventos, deu continuidade ao trabalho realizado com os judocas que treinaram em Portugal no mês de setembro, e serviu também para intensificar a preparação da equipe já com foco em competição.
Afora esses judocas que viajaram para a Europa, o treinamento recebeu atletas que preferiram ficar pelo Brasil, como a peso-pesado (+78kg) Maria Suelen Altheman, atual número 5 do ranking mundial, que disputa uma vaga em Tóquio com Beatriz Ferreira.
“É sempre bom estar de volta com a seleção. A gente é uma família. Eu estava sentindo falta de estar junto com as meninas, com a comissão técnica, essa rotina de treino, descanso, alimentação, tudo no mesmo lugar”, pontuou Suelen.
Outro que não foi para a cidade de Coimbra, em Portugal, mas se juntou à seleção em Pindamonhangaba foi o peso Leve (73kg) Marcelo Contini. “É muito importante, nesta fase, a gente conseguir se manter no nível que estamos treinando. E é muito bom, não só estar no tatame, mas estar de volta com a galera, aquela resenha mesmo à distância cumprindo os protocolos. Estou muito feliz de estar de volta”, destacou.
Luiz Shinohara, coordenador da seleção brasileira masculina, também comentou o retorno dos treinos e do circuito mundial de judô. “A gente consegue trabalhar para dar um pouquinho mais de ritmo de treino aos atletas. O grupo é bastante heterogêneo. Alguns, ainda não estavam fazendo treinamento com contato e outros numa outra fase já treinando normalmente. O treinamento foi bastante produtivo e acredito que o pessoal que vai para Budapeste já vai com um ritmo bem melhor.”
Rosicleia Campos, coordenadora da seleção feminina, complementou. “São dez dias de concentração e não é um formato pensando em manutenção. O treinamento é todo voltado para as próximas competições, que serão o Grand Slam de Budapeste e o Campeonato Pan-Americano”.

Protocolos e segurança
Para viabilizar os treinos de campo em Pindamonhangaba, que reuniu 52 judocas brasileiros entre os dias 5 e 15 de outubro, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) preparou uma operação replicando alguns dos protocolos adotados em Portugal pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) na chamada “Missão Europa”.
A seleção foi dividida em quatro grupos, de 10 a 16 atletas, no máximo, com rotina em que eles não se encontravam. Enquanto uma parte estava no tatame, outra estava na musculação, na fisioterapia e etc.
Além da adoção dos protocolos habituais, como uso de álcool, máscaras e aferição de temperatura, além de mudanças na estrutura física do hotel.

  • Créditos da imagem: Lara Monsoles / CBJ
  • O treinamento durou dez dias e terminou na última quinta-feira (15), com foco no retorno do circuito mundial de judô, este mês, na Hungria - Créditos da imagem: Lara Monsoles / CBJ
  • A comissão técnica adotou protocolos sanitários como uso de álcool, máscaras e aferição de temperatura durante os treinos - Créditos da imagem: Lara Monsoles / CBJ