Vanguarda Literária : “ POÉTICA DA LIBERDADE”: VITÓRIA DA ACADEMIA PINDAMONHAGABENSE DE LETRAS

A Academia Pindamonhangabense de Letras apresenta ao mundo literário local e brasileiro, mais uma Antologia : “POÉTICA DA LIBERDADE”, organizada pelos acadêmicos Bete Guimarães, José Luiz Gândara Martins e Eva Andrade.
Os textos escritos em versos e em prosa, oriundos de trinta mentes privilegiadas , acadêmicos do mais alto quilate, provam que o papel do escritor não está no espaço e, sim, no tempo. São eles guardiões que preservam o fogo do universo imaginário criativo, sendo, portanto, criaturas que, por meio da literatura, aproximam-se do Criador Maior. Unidos pela palavra que eleva e dignifica, provam os estimados acadêmicos, numa sociedade que pensa o mundo em termos de cifras, que a Literatura é a maneira mais completa de examinar a condição humana. Com certeza, todos os textos, provenientes da experiência da escrita, caminham no sentido, com clareza, de mostrar que a característica da literatura que resiste ao tempo, é compor um retrato ao mesmo tempo fiel e complexo da fascinante experiência humana, sem produzir um reflexo simplesmente mecânico da realidade.
Qual seria então o grande papel do escritor dentro de uma visão fenomenológica, em sintonia com os preceitos da Filosofia Existencial, como nos ensinam os filósofos existencialistas Martin Heidegger, Sartre e Merleau Ponty? Sem sombras de dúvida, seria um grande compromisso dele de investigar as múltiplas facetas do cristal da vida para oferecer um testemunho artístico do mundo e do seu tempo. Representa, acima de tudo, o compromisso de mostrar as belezas da condição humana.
Os nossos louvados acadêmicos, por meio da expressão do pensamento, tal qual o Mestre Heidegger (filósofo alemão que tive o prazer de estudar para a produção de minha Tese de Doutorado: “Gravidez. Na Adolescência: uma abordagem fenomenológico – hermenêutica ‘a luz de Heidegger”, defendida na USP há 24 anos) procuram ansiosamente o desvelamento seu e do outro, compreendendo-o, preocupado com ele na sua cotidianidade, numa tentativa de compreender a sua essência que se encontra no entendimento do significado da sua existência, em oposição a pensadores racionalistas como o filósofo francês Descartes. Por certo, cada texto dos nossos confrades, seja ele em prosa ou em verso (pouco importa!) que integra a “POÉTICA DA LIBERDADE” , representa esse esforço sagrado de desvelar a autenticidade da existência humana com referência ao seu tempo, o que os filósofos existencialistas denominariam de “temporalidade existencial”, autenticidade essa que envolve uma relação verdadeira com a nossa inclinação para um mundo que desperta preocupação com a finitude do tempo do SER que nos é dado pela Divindade. Em “POÉTICA DA LIBERDADE”, tudo isso está registrado em linguagem escorreita e compreensiva. E não poderia ser diferente, uma vez que a linguagem significa a morada do ser como já pontuava Heidegger. Louvores e encômios para o nosso venerando sodalício e para os acadêmicos merecedores do nosso respeito e da simplicidade do nosso carinho.

  • Academia Pindamonhangabense de Letras lança sua antologia de 2019