Vanguarda Literária : RÚBIO. O POETA DA ESPERANÇA

A mão benfazeja do destino presenteia-me, nesse final de outono frio, aqui no Sul do Brasil, com os originais de VERSOS D´ALMA, um conjunto de Sonetos e Poemas de autoria de RÚBIO VIEIRA E SILVA, inspirado Poeta da minha terra natal – Limoeiro do Norte, a nossa Princesa do Jaguaribe encravada no sertão do inesquecível Ceará.

A leitura de tudo o que esse poeta, abençoado pelas musas, escreve com tanta propriedade, revelando o seu sentimento nativista como apreciamos em “COISA NOSSA” e “DEUSA DOS MEUS SONHOS”, enriquece a alma de quem tem esse privilégio… De imediato, já percebemos a beleza da Poesia feita com emoção e com os fragmentos de uma memória, fragmentos esses que buscam expressar a significativa experiência de SER.

O seu lirismo, por certo, se alimenta do anseio em procurar expressividade de como dizer a vida e a realidade na sua plenitude, incluindo as lembranças do vivido e do sonhado. O EU POÉTICO de RÚBIO é múltiplo, com diferentes temáticas, em especial a memorialística, em que comparece a infância com lembranças dos pais, dos espaços, das pessoas marcantes, transpostos em belas imagens. No seu canto imagético plural, ele convida o leitor a mergulhar na subjetividade e a repensar sua condição enquanto ser que almeja ardentemente a plenitude. Dessa maneira, há n escrita desse sensível Poeta lugar para evocar tipos e lugares marcantes como o idolatrado Colégio Diocesano, seus Mestres, Betinho, João Bracinho, Malú, Miguel, Davi, Mané Cebola e tantos outros que estão ou estiveram presentes na sua passagem existencial pelo nosso planeta.

A consciência ecológica do Poeta emerge nos seus Poemas e, de maneira admirável, quando lamenta a morte do rio que “corre pra dar vida e viver, no seu choro, ele pede para não morre”. Aqui, eleva-se mais uma voz em defesa do nosso sofrido Rio Jaguaribe, o maior rio seco do mundo (800 km de extensão!) que, agoniza, vítima inconteste da ambição e da maldade humana. E, ele segue denunciando e alertando, quando em “ANTROPOCENO”, em consonância Josef Crutzen, cientista holandês que previu uma nova era geológica caracterizada pelo impacto devastado do homem na mãe natureza. RÚBIO prevê o apocalipse quando testemunha o pagar do verde da esperança, esperança essa que ele conserva no íntimo da sua alma, porque ele se define como a meiga criança que traz consigo o sorriso da alegria, apreciando auroras. É a criança que confessa suas origens em “ÁGUAS MANSAS”.

Eis um pouco do que mostram os versos dessa eterna criança que segue cantando a paz e a solidariedade, guardando consigo as belas rosas rubras do bem-querer e da saudade! Ao adentrar, com muito carinho, no mundo poético desse festejado Poeta do meu paraíso terreal – LIMOEIRO DO NORTE, confirmo a certeza de que a vida continuará a ser deslumbrantemente bela, abençoada com as luzes da misericórdia do Pai Onisciente, Justo e Onipotente!

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