Saúde incentiva doação de sangue antes de receber vacina contra a Covid-19

Enquanto dá seguimento ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde incentiva que os brasileiros doem sangue no hemocentro mais próximo antes de serem vacinados. O apelo mais recente surge pelo impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação.
O tempo de inaptidão existe porque o micro-organismo da imunização, ainda que na forma atenuada, ainda circula por um período determinado no sangue do doador. Em caso de pacientes imunossuprimidos, há um risco de o receptor desenvolver a doença para a qual o doador foi vacinado. O coordenador de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Firmino, explica a necessidade deste intervalo:
O imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac funciona com vírus inativado, de modo que o período de inaptidão temporária é de 48 horas após cada dose. O tempo de inaptidão para as pessoas que receberam o imunizante da AstraZeneca/Oxford, produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de sete dias após cada dose. Esse prazo ocorre porque essa vacina, que utiliza outros vetores virais e tecnologias com uso de RNA, são novidades tecnológicas e ainda não possuem previsão na portaria que regulamenta a doação de sangue.
A pandemia causou queda na doação de sangue. Com menos pessoas em circulação nas ruas, o Ministério da Saúde registrou diminuição de doadores nos hemocentros que, em 2020, variou entre 15% e 20%.
Na região, o hemocentro de referência é o Hemocentro de Taubaté, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas e aos sábados, das 8 às 12 horas. Está localizado na avenida Inglaterra, 190, Jardim das Nações, em Taubaté.

  • O Ministério da Saúde registrou diminuição de doadores nos hemocentros que, em 2020, variou entre 15% e 20% - Créditos da imagem: Divulgação