Selo comemora 41 anos do recorde mundial de João do Pulo

O mundo do atletismo celebrará, no sábado (15), um importante feito da história do esporte-base: o recorde mundial do salto triplo estabelecido pelo Pindamonhangabense, João Carlos de Oliveira. Neste dia, no ano de 1975, na Cidade do México, João do Pulo, como o atleta ficou conhecido, saltou 17,89m, estabelecendo novo recorde mundial da prova, superando em 45 cm o anterior, que pertencia desde 1972 ao soviético da Geórgia, Viktor Saneyev.
O lançamento do selo pelos Correios do Brasil acontecerá no dia em que o recorde do triplista brasileiro completará 41 anos. O evento foi marcado pelos Correios, em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), para o dia da abertura do Campeonato Brasileiro Caixa Sub 18 Interseleções, às 14 horas do próximo dia 15.

A marca de João, no México, se constituiu em recorde mundial por quase 10 anos, até que em 1985 o norte-americano Willie Banks saltasse 17,97 m, em Indianápolis, nos Estados Unidos. O atual recorde é do britânico Jonathan Edwards, que no Campeonato Mundial de Gotemburgo, em 1995, na Suécia, saltou 18,29 m.
No âmbito sul-americano, porém, o salto de João Carlos vigorou como recorde continental por 32 anos, até 20 de maio de 2007, quando o paranaense de Jandaia do Sul, Jadel Gregório, marcou 17,90 m, no Mangueirão, em Belém do Pará.

Depois do feito na cidade do México, um colega de João Carlos de Oliveira, Benedito Rosa Preta, o apelidou de João do Pulo, e assim o atleta ficou conhecido em todo o País. Em 1987, no Jubileu da IAAF, que comemorava 75 anos durante o Campeonato Mundial de Roma, João foi homenageado como o autor de um dos 100 grandes momentos do Atletismo no período.
Em eleição realizada pela IAAF com especialistas de todo o mundo, na época, João foi eleito o quarto melhor triplista da história. Outros dois brasileiros entraram entre os top 10, na lista que tinha em primeiro lugar Saneyev: Adhemar Ferreira da Silva, em terceiro lugar, e Nelson Prudêncio, em oitavo.
Depois do recorde no PAN, ganhou duas medalhas olímpicas de bronze: em Montreal, no Canadá, em 1976, e em Moscou, na então União Soviética, em 1980. João Carlos de Oliveira morreu a 29 de maio de 1999, em São Paulo, um dia após completar 45 anos.

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