Um breve relato dos Pindamonhangabenses da Guarda de Honra de D. Pedro I

No dia 14 de agosto de 1822, D. Pedro I partiu para o Rio de Janeiro em direção a São Paulo, numa viagem a cavalo, viagem esta, aconselhada por José Bonifácio. Vinha acompanhado pelo secretário D. Luis de Saldanha Gama, do Major Francisco de Castro Mello, do Tenente Francisco Gomes da Silva e de dois criados. E depois do tenente Coronel Joaquim Aranha Barreto e do Padre Belchior Pinheiro de Oliveira.

A Viagem
Pois bem, este foi o início. A primeira pousada foi na Real Fazenda de Santa Cruz, a segunda em São João Marcos, a terceira na Fazenda Três Barras, a quarta em Areias, a quinta em Lorena, a sexta em Guará, a sétima em Pinda, a oitava em Taubaté, depois foi para Mogi das Cruzes e daí para São Paulo, onde pousou na Freguesia da Penha, este foi o trajeto.
Em Pinda pernoitou em um sobrado na Praça Monsenhor Marcondes.

Os Membros da Guarda de Honra
A Guarda de Honra de D. Pedro I foi sendo constituída durante a viagem: 2 do Rio de Janeiro, 3 de São João Marcos, 4 de Rezende, 1 de Areias, 2 de Guaratinguetá, 6 de Taubaté, 1 de Paraibuna, 1 de Mogi das Cruzes e 10 de Pindamonhangaba, incluindo o comandante, Coronel Manuel Marcondes de Oliveira e Mello.
Os de Pinda: Adriano Gomes Vieira de Almeida, Antônio Marcondes Homem de Mello, Benedito Corrêa da Silva Salgado, Domingos Marcondes de Andrade, Francisco Bueno Garcia Leme, João Monteiro do Amaral, Manuel Ribeiro do Amaral, Manuel de Godoy Moreira e Miguel de Godoy Moreira.

Em São Paulo no Ipiranga
Chegando em São Paulo no Ipiranga, a guarda parou às margens de um riacho, onde o comandante deixou um soldado de atalaia (local elevado), para evitar qualquer surpresa. Logo em seguida chegaram o oficial da Secretaria do Supremo Tribunal Militar, Paulo Bregaro, e o Major Antônio Ramos Cordeiro, os quais traziam importantes papéis enviados por José Bonifácio. Eram aproximadamente 4 horas da tarde.

A Independência
D. Pedro, leno o que eles trouxeram, à frente da guarda de honra, a qual descrevia um semicírculo em torno, desembainhou sua espada, dizendo: “Amigos, estão para sempre quebrados os laços que nos uniam ao governo português”.
Assim falando, arrancou do chapéu a fita azul e branca, jogando-a ao chão e falou para eles fazerem o mesmo. Toda a guarda desembainhou suas espadas e D. Pedro falou que o Brasil era livre e independente.
E a seguir, gritou “Independência ou Morte”.
Tudo isso escoltado pela sua guarda de honra, a qual tinha como comandante um Pindamonhangabense.