Vendas do varejo do Vale do Paraíba caem 6,3% em maio, informa Associação Comercial de SP

O volume de vendas do comércio varejista da região do Vale do Paraíba caiu 6,3% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a menor queda em relação às outras regiões paulistas. O faturamento nominal (sem descontar a inflação) aumentou 2,7%.
Os dados são do ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e referem-se ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção.
No período acumulado (janeiro-maio), o setor teve retração de 2,7% nas vendas na região e crescimento de 6,1% no faturamento, frente a igual período de 2015. Já em 12 meses, as vendas diminuíram 4,3% e o faturamento aumentou 3,8%.
Os dados compreendem os 39 municípios que formam o Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira.
“Os resultados dos primeiros cinco meses do ano continuam a mostrar fortes quedas, refletindo a renda em queda, o avanço do desemprego e o crédito mais caro e escasso. Tudo isso deixa a confiança do consumidor em patamares muito reduzidos, minando a disposição a comprar”, destaca Alencar Burti, presidente da ACSP. “Mas nossa expectativa é que as retrações no varejo podem começar a arrefecer, na medida em que melhore a confiança do consumidor”, diz Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele lembra que a crise no varejo paulista – assim como no resto do País – atinge todas as regiões paulistas e todos os setores, mesmo os de consumo mais essencial.
Os resultados de maio também foram influenciados pelo efeito-calendário do feriado de Corpus Christi e pelo fato de o mês ter começado num domingo, reduzindo o número de dias úteis.
O ACVarejo é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. O material também disponibiliza dados sobre vendas e faturamento do varejo restrito (que não inclui automóveis e material de construção).

Vendas no Estado
recuam 12,9
As vendas do varejo no Estado de São Paulo caíram 12,9% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Associação Comercial de São Paulo, o faturamento nominal (sem descontar a inflação) apresentou queda de 3,9% no mesmo período de comparação. O levantamento divulgado nesta quinta-feira, 28, chamado de ACVarejo, refere-se ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção.
No acumulado de janeiro a maio, a retração nas vendas foi de 7,2%, porém o faturamento cresceu 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Os resultados dos primeiros cinco meses do ano continuam a mostrar fortes retrações, refletindo a renda em queda, o avanço do desemprego e o crédito mais caro e escasso. Tudo isso deixa a confiança do consumidor em patamares muito reduzidos, minando a disposição a comprar”, destacou em nota o presidente da ACSP.
A queda nas vendas acumuladas neste ano é mais intensa do que o resultado de 12 meses até maio – retração de 6,3%, com alta de 1,8% no faturamento. Apesar disso, Burti acredita que o cenário do varejo possa mudar conforme melhore a confiança dos brasileiros.

Setores

Dos nove setores analisados pela pesquisa no Estado, aqueles que são mais dependentes de créditos apresentaram os maiores recuos no volume de vendas em maio frente ao mesmo mês de 2015. São eles: móveis/decorações (-26,2%), concessionárias de veículos (-22,5%), lojas de departamento/ eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-18,7%) e lojas de materiais de construção (-16,6%).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2016, apenas um setor ficou com saldo positivo ante 2015: o de farmácias/perfumarias, com pequeno crescimento de 1%. Já em 12 meses, farmácias/perfumarias e supermercados apresentaram aumentos de 3,1% e de 0,4%, respectivamente.

Regiões

Em maio, nenhuma região paulista registrou crescimento do volume de vendas no varejo ampliado na comparação anual. A menor queda foi no Vale do Paraíba (-6,3%). Na outra ponta, o maior tombo foi da região Metropolitana Oeste (-21,3%). No acumulado do ano, a região de Marília teve ligeiro aumento, de 0,3%. E em 12 meses a Região do Alto Tietê registrou leve alta de 0,6%.

Imagens: PEDRO AMATUZZI
  • Dados compreendem os 39 municípios que formam o Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira