“VESTÍGIOS DE UM GRÃO DE AREIA”

São mais 120 poemas do escritor, cronista, romancista, trovador e poeta Maurício Cavalheiro reunidos em 148 páginas de um livro (editora Penalux, Guaratinguetá-SP, 2017) que o autor prepara para lançamento em Pindamonhangaba.
Com prefácio do escritor Alberto Bresciani, Brasília (DF), e informações sobre a obra (orelha) de André Kondo, Vestígios de um Grão de Areia é fonte de versos, vertente de Bragi, o Deus dos Bardos, de onde borbulha inteligente e sugestiva poesia. Os poemas de Maurício são grãos doirados, areia de estrelas que acendem sensibilidades. São vestígios dos voos ontológicos de um poeta que, nas asas da reflexão, já ascendeu para longe da rasteira paisagem onde rastejam mal iluminados corações…

Alforria

Arranquei os ponteiros dos relógios convencionais
e as baterias dos digitais,
ensombreci os de sol,
explodi atômicos,
destruí ampilhetas,
deixei meu tempo sem rédeas.

Rasguei gravatas e formalidades,
fiquei descalço
e redescobri o antigo mundo novo.

Agora tenho tempo para primaveras,
pores do sol,
luares,
beijos e abraços.

Agora tenho tempo
para viver…

(Poema da página 106 do livro mencionado)

Autor:

Pindamonhangabense. Graduado em letras pela faculdade Anhanguera (Taubaté). Cronista deste jornal (coluna Proseando). Escritor premiado nas diversas modalidades literárias: trova, poema, haicai, literatura de cordel, conto e crônica. Ocupa a cadeira nº 30 da APL-Academia Pindamonhangabense de Letras, que tem como patrona a escritora Hilda Cesar Marcondes da Silva.
São de sua autoria: Lágrimas de Amor (Poesia – 1987); O Sapinho Jogador de Futebol (Infantil -1991); O Estrupador de Velhinhas e Outros Casos (Crônicas -2011); Histórias de Uma Índia Puri (Romance Infanto-Juvenil -2015); O Casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte (Cordel – 2015); Um Caso de amor na Parada da Vovó Laurinda (Cordel – 2015); Zé Ruela e a Capela de Sant’ana (Cordel – 2017); Pode deixar que eu conto (Crônicas – 2017) e Vestígios de um Grão de Areia (Poesia – 2017).