Carnaval: Excessos no consumo de álcool podem causar arritmia cardíaca

O Brasil é um dos países que mais consome bebidas alcóolicas no mundo. De acordo com o Relatório Global entre Álcool e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de álcool per capita no país é de 8,7 litros, superando a média mundial de 6,2 litros. Estima-se que, para cada dose de álcool, o organismo demore em média de 1 a 3 horas para metabolizá-lo.
Com a proximidade do carnaval, é comum que a ingestão dessas bebidas exceda ainda mais os níveis saudáveis e que seus efeitos sejam potencializados. Segundo o cardiologista Vinícius Carlesso, o calor do verão atrelado ao consumo de bebidas alcóolicas pode elevar os níveis de desidratação. “O álcool por si só causa desidratação. Há desidratação muscular e aumento no volume de urina. Além disso, os efeitos da ressaca, como o suor, vômito e baixa ingestão hídrica, promovem ainda mais a perda de água do organismo”, afirma.
Outro hábito comum durante as festividades é a mistura destas bebidas, principalmente destilados e energéticos. Dr. Carlesso orienta que esta é uma combinação perigosa e que deve ser evitada. Segundo o cardiologista, o consumo abusivo de álcool vinculado a bebidas energéticas representam um gatilho para a ocorrência de arritmias cardíacas. “Energéticos contém substâncias químicas que estimulam o sistema nervoso e a musculatura dos vasos e coração, elevando a pressão arterial e o ritmo cardíaco”, explica o médico.
Para que se aproveite o carnaval de maneira saudável, o cardiologista aconselha que o consumo de bebidas alcóolicas seja feito de maneira moderada e que sempre seja feita a reidratação do corpo. “A água diminui os efeitos da intoxicação no organismo e auxilia a eliminação do álcool pelo fígado”, conta Dr. Vinícius.
A água é parceira dos foliões. Segundo a recomendação do Dr. Carlesso é que a ingestão de água seja feita, também, durante o consumo de bebidas alcóolicas. “O ideal é que para cada quantidade de álcool ingerida, beba-se o dobro de água”, orienta o cardiologista.

  • Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o consumo de álcool per capita no país é de 8,7 litros, superando a média mundial de 6,2 litros