Uma rápida trajetória do cinema no Brasil

O início do cinema no Brasil foi em 1896 com a exibição no Rio de Janeiro de vários curtas mostrando o cotidiano das cidades europeias.

Os primeiros filmes estavam com o domínio de Hollywood, em seguida surgiu o cinema sonoro, as chanchadas, a Embrafilme, a crise dos anos 80 e pôr fim a retomada das produções.

As obras cinematográficas brasileiras além de acompanhar, incorporavam influência do cotidiano social, econômico, cultural e político do país.

Embora as iniciativas para o fomento da indústria do cinema e a profissionalização estejam se ampliando, o nosso mercado interno ainda é muito influenciado por filmes estrangeiros.

O mercado nacional sofreu mudanças estruturais durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com a diminuição da produção europeia, as salas de exibição brasileiras passaram a ser dominadas pelos filmes de Hollywood.

Entre os anos 1930 e 1940, as distribuidoras de filmes norte-americanos no país investiram em publicidade e equiparam as salas de cinema para vender seus talkies (filmes falados).

Em 1950, surgiu a primeira emissora de televisão no país, a Tupi, fazendo com que alguns atores do cinema migrassem para a TV.

Em pleno regime militar, entre o final da década de 1960 e o início de 1970, outro grupo de cineastas optou por um movimento mais radical: o cinema marginal (ou “udigrúdi”, termo que brinca com a palavra underground, que denominava os artistas da contracultura norte-americana).

A crise dos anos 1980 e a popularização do videocassete fez com que o cinema nacional entrasse em declínio.

Em 1990, com a eleição de Fernando Collor, a Embrafilme cessou suas atividades. O novo presidente também extinguiu o Ministério da Cultura, o Concine, a Fundação do Cinema Brasileiro, acabando com as leis de incentivo à produção e com a regulamentação do mercado.

O período entre 1992 e 2003 é conhecido como a fase da Retomada. O governo Itamar Franco criou a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual.

E, a partir de 2013, os canais por assinatura têm a obrigação de exibir conteúdo nacional e produção independente, em horário nobre, regulamentada pela lei no 12.485.

Apesar de tudo isso, a cultura cinematográfica brasileira não deve desistir, deve sim é persistir para que o cinema brasileiro mostre ao mundo todo o seu potencial.

Adelson Cavalcante
Jornalista Mtb 56.011/sp
Presidente da AJOP