FILOSOFIA DA HISTÓRIA: ALGUMAS REFLEXÕES

Na abordagem da questão da História, de uma maneira geral, existem duas correntes de pensadores: os que acham que ela expressa um desenvolvimento contínuo da humanidade rumo ao cume representado pela civilização tecnológica e globalizada dos tempos hodiernos, e os que entendem que caminhamos a um estilo mais evoluído, procurando um sentido para o seu destino. Essa interrogação constante do sentido do homem no nosso planeta é o que denominamos de Filsofia da História. Portanto, esse é o Campo Científico que procura compreender a Dimensão Temporal da Existência Humana no contexto dos significados, considerando as diferenças culturais, referindo-se, portanto, ao pensamento histórico crítico em oposição às repetições de história sobre o passado da humanidade.
Essa expressão foi usada pela primeira vez pelo filósofo francês Voltaire, em pleno século XVIII, no ápice do Iluminismo. Para ele, o homem, por meio da Ciência Moderna, na ânsia de dominar a natureza para obter, sobretudo, conforto e mais qualidade de vida, procura progredir, avançar cada vez mais.Também, com foco no sentido destinado ao ser humano, outros filósofos, como o alemão Kant, elaboraram uma Teoria da Filosofia da História. Destacamos ainda, dois pensadores: George Hegel, também alemão, o qual estudava a caminhada do espírito através das civilizações, cuja realização máxima seria e RAZÃO, ou o ESTADO MODERNO que “governa a História”, e o francês Augusto Comte, fundador do positivismo o qual enxergava a história como uma caminhada para o progresso, também sob a guia da RAZÃO.
Aqui, surge uma indagação: onde iremos encontrar as primeiras explicações para o significado da história enquanto um objetivo a ser alcançado?Certamente tiveram origem com os judeus, com os patriarcase desenvolveram-se com os profetas. Com a chegada do cristianismo, difundiu-se, sobretudo na Europa, a visão judaico-cristã, a qual é escatológica, no sentido grego da palavra (escatós, em grego, significa fim), uma vez que espera o fim da História com o advento do juízo final. Essa visão vigorou até a Idade Média. Dessa maneira, compreendemos que, em contraposição às esperanças de uma vida eterna após o juízo final (fim da história), tenha surgido filósofos que entenderam que a TECNOLOGIA e a RAZÃO (entre eles, Hegel e Comte, já mencionados) trariam a tão desejada perfeição para a humanidade.