Vanguarda Literária : PENSANDO SOBRE A ÉTICA

O filósofo Grego ARISTÓTELES dizia que uma vida que não merece ser pensada não merece ser vivida. A ÉTICA, no seu entender, concerne às ações desejadas, nas quais se pensa e se tomam decisões adequedas ao caráter de quem as executa. Portanto, para viver eticamente faz-se mister conhecere pensar naquilo que se faz. Esse é o viver ético. Segundo o sábio, a ÉTICA implica em uma ação racional, e, quanto mais se reflete sobre a mesma, encaminha-se rumo às ações virtuosas, cujo fim mais nobre é a felicidade. Segundo esse preceito filosófico, viveremos de uma maneira ética, quanto mais soubermos atuar racionalmente, levando os nossos desejos para longe dos vícios,assim sendo, seremos mais prudentes, possivelmente melhore e felizes.O supremo bem da ação humana, segundo ARISTÓTELES, é a felicidade,pois, em nome dela, somos capazes de fazer tudo, sendo ela desejável em si mesma. Nunca a humanidade correu tanto atrás da tal felicidade traduzida por honrarias, prazeres e posse de riquezas.
Sabemos que os países medem o desenvolvimento social de seu povo pelo desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) que representa o somatório de riquezas e bens de serviço ao longo de um ano.Que tal, pensar como o sábio KARMA URA, Presidente do Centro de Estudos do Butão, o qual estabeleceu o conceito de Felicidade interna Bruta (F.I.B.) que avalia a riqueza de um país por outro parâmetro, qual seja o grau de satisfação e de felicidade dos seus habitantes consoante as condições que lhes são ofertadas?
Já no século XVIII, o filósofo alemão IMMANUEL KANT colocou um novo conceito em relação a ÉTICA fundamentado na idéis de que as ações do ser humano são orientadas , não pela finalidade como asseverava ARISTÓTELES, mas, pelas intenções. E, aí ele coloca como intenção primordial o DEVER.As indagações básicas da ÉTICA seriam: o que devo fazer? Como devo fazer? A vontadeao invés do instinto ou desejo resssaltado por ARISTÓTELES. Ela é decorrente do uso pleno da razão, que para KANT é uma idéia atrelada a liberdade: “Sou livre porque sou um ser de vontade”. As bases desse pensamento, o filósofo alemão deixou magistralmente escritas em três obras: “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” (1785) Meta, Crítica da Razão” (1788) e “Metafísica dos Costumes” (1797-1798). Portanto, agimos como devemos agir, com bases em regras universais, oriundas da prática do nosso pensamento racional, e não de acordo com costumes ou tradições de determinada cultura. Dessa maneira, atuamos em consonância com um princípio que nos foi ofertada pela nossa razão, determinando a minha razão como um ato importante e sublime de liberdade.