Projeto promove atividades para crianças e jovens que estão em vulnerabilidade

COLABOROU COM O TEXTO: Joyce Dias
***
“Para que as crianças possam crescer com dignidade de filhos de Deus e consciência de cidadãos”. É através deste lema que o “Projeto Crescer” vem há 15 anos atuando na vida de crianças, adolescentes e seus familiares que estão em situações de vulnerabilidade, em Pindamonhangaba. A associação busca através de práticas esportivas, educacionais, sociais e de lazer, promover a inclusão social para seus atendidos.
A “Associação para Auxilio da Criança e do Adolescente Projeto Crescer (AACA Projeto Crescer)”, está em pontos estratégicos da cidade, com o objetivo de atender a população mais vulnerável. Um dos polos, que está localizado no centro, desenvolve o projeto “Saúde e Equilibrio” para crianças e adolescentes vítimas de violência. Nesse local, os atendidos e seus familiares recebem apoio psicológico e arteterapia.
A outra sede está localizada no bairro Goiabal, com o projeto “Comunidade em Ação”, para moradores do local e proximidades. Através do judô, teatro, arte terapia, apoio pedagógico, percurso temático, futsal e aulas de música, os educadores desenvolvem a saúde física e mental dos atendidos, que na maior parte deles, não possuem outra opção de lazer. “Aqui eu ocupo meu tempo porque eu poderia estar na rua aprendendo coisas ruins, e aqui eu aprendo só coisas boas”, declara o aluno César Augusto, de 14 anos, que considera o projeto sua segunda família.
A associação iniciou as atividades no município em 2002, e comemorou seus 15 anos no último mês de outubro. Nesse período de existência já atendeu diretamente mais de 15 mil crianças e adolescentes, com idades entre quatro a 17 anos. Atualmente, cerca de 150 crianças participam do projeto nos dois polos e também dentro de escolas da comunidade. A iniciativa faz parte do “Educar para crescer” que oferece atividades em que as escolas geralmente não possuem acesso, como aulas de educação física.
Todas as iniciativas do projeto são organizadas em temas periódicos, que visam à promoção social dos alunos. A arte-educadora Juliana Lopes, desenvolve atividades em conjunto com uma psicóloga, onde elas aproveitam os momentos de atividades, para observar as necessidade dos alunos e ensiná-los a lidar com seus conflitos e ansiedades.
“O maior problema nosso aqui é a estrutura familiar, pois o que trabalhamos aqui pode até estar se desenvolvendo, mas quando eles vão para casa, eles voltam com outro problema”, relata a psicóloga do projeto, Ana Carolina Salvador, que auxilia os alunos que possuem transtornos como déficit de atenção, ansiedade e hiperativismo.

  • O projeto utiliza a arteterapia como mecanismo terapêutico para os alunos que possuem ansiedade, déficit de atenção ou hiperatividade