Cenário da construção civil registra mais contratações em abril
Desde o final de 2015, o Vale do Paraíba não registrava um número de contratações como o do mês de abril. Das sete cidades avaliadas, quatro aumentaram seu estoque de mão de obra e somente três registraram demissões.
Os dados foram divulgados por uma pesquisa realizada pelo SindusCon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo – em parceria com a FGV – Fundação Getúlio Vargas – com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego.
A cidade com maior número de contratações no período foi, novamente, Pindamonhangaba, com 61 novas vagas preenchidas, um aumento de 3,37% no mês. Seguida por Taubaté, 59; São José dos Campos, 37 (após uma perda de 266 profissionais em março/16); e Caraguatatuba, com 19 novos registros formais.
A pesquisa revela também novas demissões nas cidades de Jacareí, Guaratinguetá e Campos do Jordão. Em Jacareí, foram 10 vagas fechadas, uma redução de 0,47% no quadro; em Guaratinguetá, seis pessoas foram demitidas e em Campos do Jordão, cinco.
Para o diretor do SindusCon-SP em São José dos Campos, Mário Cezar de Barros, as contratações indicadas no mês de abril se devem principalmente a obras sazonais.
No Estado de São Paulo
Em abril, houve queda de -0,46% no emprego em relação a março, com redução de 3.481 mil vagas. O estoque de trabalhadores sofreu retração de 761 mil em março para 757 mil em abril. Desconsiderando a sazonalidade**, o declínio no período foi de -1,65% (-12,5 mil vagas).
No período, o segmento infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-1,54%), acompanhado por de obras de instalação (-1,48%).
Na capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a queda em abril em relação ao mês anterior foi de 0,61% (-2.091). Em 12 meses, São Paulo registrou retração de 12,15%.
No Brasil
De um modo geral, a construção civil brasileira registrou queda de 0,61% no nível de emprego em abril, em relação a março, com o fechamento de 17,4 mil postos de trabalho. Esta é a 19ª queda consecutiva – desde outubro de 2014. No acumulado do ano foram demitidos 72,9 mil vagas. Em 12 meses, o total de cortes chega a 398,2 mil trabalhadores (mesmo patamar de maio de 2010).
Por segmento, obras de instalação teve a maior retração (-1,45%) em abril na comparação com março, seguido por imobiliário (-0,83%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a maior queda (-16,98%).
A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,75%) e Norte (-0,89%). Na outra ponta, o Centro-Oeste apresentou alta de 1,43%, seguido pela região Sul, com 0,10%.