Registro Cultural : Relembrando a partida de um filho ilustre
Entre os pindamonhangabenses que partiram para o plano espiritual no mês de julho, mês de aniversário do munícipio está Waldomiro Benedito de Abreu, o estimado Dr. Waldomiro. Nascido nesta cidade em 24 de abril de 1914, filho de Benedito Leite de Abreu e Maria Benedita da Silva Leite de Abreu. Seu retorno ao mundo espiritual se deu no dia 21 de julho de 1999, aos 85 anos, esgotados os recursos da medicina para mantê-lo entre nós. Juntamente com seu irmão, jornalista Anibal Leite de Abreu (1921-1996), foi divulgador praticante da doutrina espírita codificada pelo francês Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizar Rivail). Suas últimas atuações como espírita se deram no Centro Espírita Caridade e Amor, em Pindamonhangaba. Era casado com a professora Olga Trigueirinho de Abreu, com a qual foi pai de três filhos: Rusenir, Ricardo e Roberto.
Waldomiro Benedito de Abreu se destacou pelo comportamento idôneo e elevado conceito de moral e honestidade. Por estas e outras qualidades, era pessoa que inspirava confiança plena, geral e irrestrita como cidadão e homem público nas diversas atuações que exercia. Foi professor, advogado, vereador, jornalista, historiador e escritor, na escrita se destacando também como poeta trovador e sonetista.
Autor de Miudezas Filológicas, reparos críticos a artigos do professor Francisco da Silveira Bueno, da Universidade de São Paulo, e as traduções do inglês de Samuel Ribeiro e de João Acioli, Araçatuba, 1942 (esgotado); Machado de Assis e um Crítico, 2ª série de apostilas aos artigos do professor Silveira Bueno, Araçatuba, 1943 (esgotado); Algumas Notas para a História de Pindamonhangaba, edição dos Poderes Públicos Municipais de Pindamonhangaba, Gráfica TUPI Ltda. – Editora. Rio de Janeiro, 1957; “Ninguém Fundou Pindamonhangaba”, artigo em Revista de História, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da USP, nºs. 97, 98, 99 e 101 (polêmica sobre a fundação de Pindamonhangaba, com o acadêmico dr. José Augusto César Salgado – 1971/1972); A Defesa dos Documentos Históricos – Imperativo da Soberania e Memória Nacionais, Egetal, Taubaté, 1974 (trabalho aprovado pelo II Simpósio de História do Vale do Paraíba, reunido em julho de 1974, em Guaratinguetá. Versa o artigo 1.215, do Código de Processo Civil); Pindamonhangaba – Tempo & Face, Prefeitura de Pindamonhangaba, 1977 – Editora Santuário, Aparecida-SP.