Vanguarda Literária : A TROVA ALTANEIRA
A mais popular de todas as formas poéticas, a TROVA (composição literária de quatro versos setissilábicos, de rimas alternadas e sentido completo), cumprindo a sua fraterna missão de unir os corações por meio da Poesia, segue o seu curso, no rio de esperanças e de fé, em plagas Nacionais e no Exterior. O grande batalhador pelo Trovadorismo, o Príncipe da Trova: Luiz Otávio, já nos páramos celestiais, abençoa os seus Irmãos Trovadores comprometidos com o mais abrangente Movimento Literário do Brasil.
Aqui, se torna necessário e é importante salientar o que falou, certa vez, o Mestre: ”Há Trovadores e Versejadores. O verdadeiro Trovador está comprometido com o culto à Trova, sua difusão e ensino. Os versejadores que existem em todo lugar, são facilmente identificáveis, embora, estejam, às vezes camuflados com o falso discurso de união”. Os versejadores, que têm como preocupação participar de concursos e obter medalhas, diplomas e troféus, existem às centenas, evidentemente, comprometidos com a sua tola vaidade, sem, contudo, dedicar o mínimo de tempo para os ideais da Trova, da União Brasileira de Trovadores (UBT). São coitados, merecedores da nossa compaixão, que se servem da Trova, sem o ideal franciscano de servir, ensinar e propagar a Trova e fazer crescer a União Brasileira de Trovadores.
Enfim, a Trova, indiferente aos sentimentos inferiores de alguns e ao amor de muito, prossegue viva! Pindamonhangaba, apesar das dificuldades encontradas, chega à sua 28ª Premiação do Concurso Nacional/Internacional e 24º JUVENTROVA. Tudo em consonância com os ideais de Luiz Otávio e da UBT, sobretudo com o seu trabalho de incentivo e difusão dessa bela modalidade de Poesia entre os Jovens. A Trova encanta! Mobiliza as pessoas! Há uma semana, estive a convite, no Instituto Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, realizando uma Oficina de Trovas com alunos de Língua Portuguesa. Quanto interesse! Quanto entusiasmo!
Aqui, em Pindamonhangaba, o JUVENTROVA, sob o comando competente do Jornalista-Trovador Altair Fernandes de Carvalho, com o apoio da Fundação Dr. João Romeiro ( leia-se Jornal Tribuna do Norte), com a participação dos alunos da rede pública e particular, e o decisivo trabalho e incentivo dos Mestres de Língua Portuguesa, mais uma vez, foi revestido de êxitos. Exitoso porque, como escreveu o Grande e Magnífico-Trovador José Maria Machado de Araújo, devemos VIVER DE MÃOS DADAS, e esse viver é estar comprometido com a seriedade, com o verdadeiro espírito do Trovador, é semear o gosto pela Poesia e, por meio dela, exercer a verdadeira CIDADANIA. Fora disso é simples exercício de versejador que nada constrói, que não consegue sair do seu círculo de vaidade e arrogância, na sua ânsia louca por troféus e diplomas, como pontuou o Príncipe da Trova. TROVA E TROVADORISMO são excelsos, são sublimes, estão nos altiplanos do espírito, como escreveu , certa vez, o Dr. Luiz Carlos Abritta, de Belo Horizonte, ex-Presidente Nacional da UBTque desenvolveu elogiável trabalho pela preservação da “Rosa de Luiz Otávio”.