Estudante desenvolve jogo de RPG para alunos do Ensino Médio
Mariana Conceição, aluna de Ciências Biológicas na Unitau (Universidade de Taubaté), criou um jogo de RPG (Role Playing Game) sobre biodiversidade e folclore brasileiro, com o objetivo de trazer soluções para problemas ambientais. A ideia surgiu durante aula “Práticas Pedagógicas em Ciências da Natureza”, quando ela foi ministrar uma oficina para os alunos do Ensino Médio.
“Percebi que poderia desenvolver esse RPG dentro da oficina, pois se encaixava na proposta de uma atividade em que o aluno resolva um problema para aprender o conteúdo. Ao apresentar a proposta para a Professora Marisa, ela se interessou muito pela ideia e me incentivou a aplicar essa atividade”, conta Mariana.
Em novembro, ela realizou a primeira atividade prática na Escola Estadual Amador Bueno da Veiga, em Taubaté. “Foi muito interessante a entrega dos alunos durante a aplicação do jogo, pois eles realmente entraram nos personagens e colaboraram juntos para a resolução dos problemas”, complementa.
A aluna pré-idealizou cinco personagens: ‘Biólogo’; ‘Médico’; ‘Engenheiro’; ‘Militar’ e ‘Jornalista’. E os alunos tinham de montar as fichas dos personagens, baseando-se nas habilidades que cada um exerce na profissão, com a finalidade de obter informações.
O aluno Leonardo Peterson está no primeiro ano do Ensino Médio e o que chamou sua atenção no jogo foram os desafios sobre a Mata Atlântica. “O jogo mostra como o desmatamento é ruim e como a ação humana pode prejudicar a floresta. Meu personagem, que era o engenheiro, por exemplo, tinha habilidade com o martelo e podia criar uma barreira. O jogo me ensinou que, se o desmatamento continuar assim, a vegetação e os animais serão extintos”, conta
Segundo a professora Ma. Marisa Cardoso, do curso de Ciências Biológicas da Unitau, essa atividade auxilia no desenvolvimento de novas práticas didáticas. “A importância está na possibilidade de desenvolver uma ferramenta para a prática da educação em Ciências e em Biologia. A busca de informações do educando torna-se uma ferramenta de metodologia ativa de aprendizagem. Em vez da aula clássica, Mariana teve a chance de criar e colocar na prática uma metodologia diferenciada”, observa Marisa.