Gestão integrada: planejamento, economia e inovação
Continuação da entrevista com Marcela Franco, secretária Municipal de Obras e Planejamento
A administração do Isael Domingues anunciou a construção de dois terminais rodoviários, um para o distrito de Moreira César e outro para a sede do município. Fale primeiro do terminal do distrito.
Até o meio do ano, se Deus quiser, nós teremos essa obra entregue. Sabemos que a população é muito participativa e tem falado que as obras estão paradas. Não está parada, porque ali é uma estrutura pré-moldada e essa estrutura está sendo produzida. A hora que chegarem os caminhões com os guindastes, será muito rápido o levantar do prédio.
Qual o perfil desse terminal do distrito?
O terminal de Moreira César foi pensado não só pra ser um ponto de embarque e desembarque, mas também pra ser um espaço de entretenimento onde as pessoas possam fazer uma alimentação ou comprar um souvenir. Serão 3 mil m² considerando a plataforma coberta, com oito baias, com boxes de lojas de conveniência, praça de alimentação, guichês para venda de bilhetes dispostos de forma estratégica para que as pessoas possam adentrar e passar por todos os ambientes. É uma forma de a arquitetura promover o uso de todos os espaços dentro de uma construção.
A região também terá o seu cemitério, algo prometido em muitas administrações. Agora vai sair do papel?
Foi mais um pedido do prefeito Isael pra nós, dentro desse propósito de fazer acontecer. Esse futuro cemitério já tinha um pré-licenciamento que a gente formalizou junto à Cetesb. Será num formato ecológico, não será com gavetas, vamos mamar de lóculos. Terá infraestrutura de tubulação em que a decomposição será por filtro anaeróbico. Nessa primeira fase nós teremos a construção de 1.300 lóculos. Todo o espaço comporta até 10 mil lóculos.
Acredito que a população queira saber a diferença entre um cemitério convencional e um ecológico. Pode dar mais detalhes?
Quando você faz um sepultamento tradicional, ele vai levar um período até 3 anos que é o que a lei regulamente para você exumar o corpo. Por esse sistema de decomposição, a média é de seis meses. Cada lóculo vai ter já no seu fundo o ossuário. Será um sistema muito mais prático e acima de tudo, a gente tem buscado em todos os nossos projetos essa qualidade, acolhedora, visual e estética. Soluções arquitetônicas, criativas e inovadoras também. O cemitério nada mais é do que um projeto acolhedor, para que a família possa ser acolhida naquele momento difícil que ela está vivendo. Nós teremos uma área administrativa, teremos um velório e temos um projeto futuro que é o de uma capela ecumênica.
O prefeito Isael disse recentemente que esse futuro velório de Moreira César será realmente municipal e que os existentes até hoje são particulares. O que fará a diferença e vai beneficiar a população?
O prédio que está sendo construído para ser o velório terá toda infraestrutura com banheiros, copas e os espaços. Serão quatro espaços de velórios. Bem falou o prefeito: o velório hoje no município é particular e a busca de oferecer esse serviço para a população foi o desejo do prefeito.
Falando agora do terminal de Pindamonhangaba, quais serão suas características?
O terminal de Pindamonhangaba será implantado em uma área de 23 mil m² bem ao lado da universidade Unifunvic, a partir da doação de uma empresa aqui da cidade em tratativas com a Prefeitura, assim, nós não teremos nenhum custo com esse terreno. O terreno tem um relevo diferenciado, então nós tivemos que fazer algumas adequações no projeto e também ele tem uma dimensão um pouco maior do que o projeto de Moreira César. Justamente porque o significado dele às margens da rodovia Dutra busca esse progresso.
Qual o significado desse terminal na margem oposta da Via Dutra e o que ele vai oferecer aos usuários?
O prefeito tem falado em outras entrevistas sobre que a maioria dos terminais se localiza no sentido São Paulo enquanto que no sentido Rio são poucos. Então, o terminal de Pinda vem a contribuir. Ele tem o mesmo conceito quanto ao uso dos espaços, porém um número maior de baias: serão 12. Lá nós vamos ter estacionamento e se por ventura a pessoa quiser deixar o seu carro no terminal rodoviário, ela vai poder deixar com segurança sem nenhum custo. O terminal terá uma área construída de, aproximadamente 4,5 mil m². O terminal aqui em frente à Prefeitura tem no todo mil m² .
Voltando a falar de Sabesp, o lado oposto da Via Dutra ainda não conta com redes de água e coleta de esgoto. O que o município pretende fazer para atender o futuro terminal ?
Nesse primeiro momento já está incluso no orçamento toda a parte de abastecimento, porém, nós faremos através de fossa séptica e poço artesiano. Mas já iniciamos as negociações com a Sabesp, porque futuramente toda a parte de rede de água e esgoto será alimentada do outro lado da Dutra.
Como você vê o desenvolvimento da cidade ao analisar os projetos de novos bairros, construções e novos edifícios que passam por sua pasta?
Nós tivemos em 2019, uma entrada mensal média, entre 300 e 400 novos projetos para aprovação. Nossa equipe do departamento de Planejamento tem trabalhado intensamente para dar conta dessas aprovações. Também tivemos a inscrição de novos profissionais de uma forma considerável. Tem muito profissional que está se formando e que também está vindo aprovar projetos em Pindamonhangaba. Também posso citar os novos loteamentos. Temos uma média/ano de oito a dez novos loteamentos.
Ainda temos a aprovação da atualização do Plano Diretor, correto?
Verdade. Não posso deixar de falar do nosso Plano Diretor Participativo que chegou ao fim [atualização] e que está determinando as novas regras. Foi elaborado em 2006 e nós fizemos uma modernização pra que possa atender os novos conceitos. São 14 anos que se passaram e a cidade cresceu, evoluiu. As pessoas também mudaram seu modo de pensar, de viver. Nós vamos enviar agora para a Câmara Municipal para que se possa aprovar e dar início a todas as etapas.
A rotatória do Tenda é um espinho nas administrações públicas. Em horário de pico, aquele setor viário é uma loucura. Quais as alternativas que vocês estudam para o local?
Um projeto do Departamento de Trânsito que está na Secretaria de Segurança Pública. Nós do Planejamento estamos para iniciar as obras, porém, esse projeto ainda está em análise junto ao DER e precisamos dessa aprovação. Eu tive acesso ao projeto, que é muito bem elaborado. Nele, a rotatória deixa de existir e passa a fazer um formato mais oval onde teremos uma intervenção de alargamento das vias que estão ao redor desse novo formato. Teremos também ali a sinalização e com os temporizadoes, os carros não ficarão tanto tempo no aguardo, com isso minimizaremos drasticamente o impacto do trânsito naquela região.
Em outras gestões, cogitava-se a construção de uma avenida ligando o bairro do Campo Alegre, cortando o Haras Paulista até chegar ao bairro Triângulo, na zona leste. No futuro, isso pode sair do papel?
Essa via continua sendo contemplada no Plano Diretor. E não só ela, também outras vias estruturais como aquela que corte Coruputuba, ligando a SP 62 passando pelo Feital e chegando à Via Dutra. Porém, a gente precisa salientar para a população que um investimento médio gira em torno de R$ 8 milhões para da via. Então, nós precisamos do planejamento, pra que todas as nossas ações tenham começo, meio e fim.
Gostaria que falasse um pouco das intervenções que tiveram início para a revitalização do Centro Comercial 10 de Julho.
O Centro Comercial, mais uma ação partindo dessa gestão inovadora e criativa que veio para apresentar para Pindamonhangaba um novo jeito de governar, buscando parceria. Nós temos aí esse investimento de uma empresa que ganhou uma área no distrito industrial. As obras tiveram início no dia 6 de janeiro e com a previsão de término no dia 30 de abril.
Como ficará depois de pronto o novo Centro Comercial?
Nós teremos ali um grande boulevard, uma estrutura inteiramente moderna, segura, iluminada e monitorada por câmeras. A nossa reunião como os comerciantes foi extremamente positiva e todos receberam muito bem a notícia.
Pra encerrar, um grande supermercado vai se instalar em Pindamonhangaba, na área do Sindicato Rural. Como serão os acessos e onde serão criados?
A instalação desse supermercado deve entrar com um projeto pra ser aprovado e na verdade, mas quem faz todo esse projeto de melhoria é o próprio empreendedor e não a Prefeitura. Ele apresenta um RIT (Relatório de Impacto de Trânsito) onde é feita a avaliação, e aí sim, é passado e informado ao empresário quais as intervenções que devem ser feitas.