Não houve relatos de zika entre participantes da Olimpíada do Rio, diz OMS
Depois de polêmica envolvendo a desistência de atletas de participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por receio de serem contaminados pelo vírus Zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nota dizendo que não foram relatados casos confirmados da doença entre os participantes do evento, tanto atletas quanto turistas. O Comitê de Emergência sobre Zika e Microcefalia da OMS parabenizou o Brasil pelas medidas de saúde tomadas durante os Jogos.
Segundo balanço do Ministério da Saúde, nos 17 dias de competição, período em que o Rio recebeu 1,2 milhão de turistas, o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde Nacional registrou 11.235 atendimentos dentro e fora das instalações olímpicas, estádios da competição e outros locais de grande concentração de turistas. Do total, 10.157 foram atendimentos clínicos, 932 traumas, 30 atendimentos de doenças de notificação compulsória e 365 remoções para unidades de saúde.
No período, foi considerado mínimo o risco de contrair zika no Brasil. Foram registrados dois casos suspeitos – um foi descartado e o outro, considerado inconclusivo. Em maio deste ano, o receio de proliferação da doença internacionalmente levou pesquisadores a pedir o adiamento dos Jogos no país, porém, o governo assegurou que a transmissão do vírus no mês de agosto costuma ser mínima e a OMS reiterou que considerava o adiamento desnecessário.
Ainda segundo o balanço, durante os Jogos Olímpicos, foram registradas seis mortes no Rio de Janeiro, sendo quatro brasileiros e três estrangeiros. Nas demais cidades-sede da competição não foram notificados óbitos. As causas das mortes são decorrentes de violência interpessoal ou naturais (infarto agudo do miocárdio, varizes esofagianas, afogamento e pneumonia em portador de HIV).