Após uma semana, greve dos bancários atinge metade das agências do país

Após sete dias de paralisação, a greve dos bancários cresce e já atinge 50% das agências em todo o país, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Na tarde da terça-feira (13), os bancários voltaram a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo, para discutir as reivindicações dos trabalhadores. Até o final desta edição, nenhuma das partes havia divulgado o resultado do encontro.

No Vale do Paraíba e região bragantina, a greve dos bancários afeta o funcionamento de 376 agências. Segundo o sindicato, até a segunda-feira (12) a adesão era de 100% na regional de Taubaté, que conta com 86 agências e 1,2 mil bancários. Já em São José dos Campos, as 184 agências aderiram ao movimento; na regional de Bragança Paulista 53 das 54 agências suspenderam as atividades. Na regional de Guaratinguetá, 53 das 61 agências estão fechadas e 654 bancários suspenderam as atividades.
Reivindicações

A categoria rejeitou a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

Imagens: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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