Editorial : “Setembro Amarelo”: conscientizar para reduzir as estatísticas
Sim, já abordamos o assunto este mês. Mas como setembro é mês de mobilização, voltamos a falar sobre o tema. Afinal, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde.
O Ministério de Saúde afirma que mais de 96% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar e/ou abuso de substâncias – números que colocam essa entre as três principais causas de morte de pessoas entre 15 e 29 anos no mundo.
Sim, o assunto é sério! Muito sério! É preciso falar. Quebrar o talvez ‘tabu’ de não se tocar no assunto depressão ou em ideias suicidas. Isso porque, de acordo com a psicóloga, fonte da nossa matéria de capa, a professora de psicologia Cláudia Freitas, é preciso “levar informação sobre o tema, conscientizar a população e criar condições para que se possa ajudar quem pensa no suicídio”.
De acordo com a profissional, o suicídio tem etapas: a ideia, o planejamento e, depois, a ação. Por isso, é fundamental falarmos sobre. Apoiar incondicionalmente. Nisto, a campanha “Setembro Amarelo” – cor escolhida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) – é de suma importância e dá mais visibilidade à causa.
Dados da OMS apontam que mais da metade das pessoas que cometem suicídio têm menos de 45 anos. Para reduzir essas estatísticas, o diálogo sobre o tema é fundamental.
No Brasil, o CVV (Centro de Valorização da Vida) atende, de forma voluntária e gratuitamente, quem quiser e precisar conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), e-mail e chat 24 horas todos os dias; com apoio emocional e prevenção.
Não somente no mês de setembro, mas em todos os dias do ano é tempo de falar e de conscientizar. A luta não pode parar!