Diagnóstico não é destino: ‘Projeto Miguel’ ampara crianças com dificuldades de aprendizado

Colaborou com o texto:
João Pedro Melo

Os transtornos e dificuldades de aprendizado são responsáveis por prejudicar a educação de milhões de alunos todos os anos, gerando notas baixas, desinteresse e até aumentando a defasagem escolar. A situação apresentou pioras drásticas durante a pandemia, pois muitas crianças e adolescentes tiveram problemas de adaptação no ensino remoto.
O “Projeto Miguel”, idealizado pela psicopedagoga Vanessa Alves, iniciou suas atividades durante os primeiros meses da pandemia, e tem como objetivo auxiliar crianças que enfrentam dificuldades e transtornos que atrapalham o aprendizado.
A primeira fase do projeto acolheu cinco alunos com problemas de aprendizado; já em 2021, a segunda fase conta com 20 crianças que são atendidas e acompanhadas por profissionais.
O espaço Despertar, onde a maioria das crianças é atendida, possuí jogos e brincadeiras que são facilitadores na aprendizagem. As crianças têm a oportunidade de aprender brincando e de aprimorar seu desenvolvimento,
Identificar um transtorno e diferencia-lo de uma dificuldade de aprendizado é parte importante do trabalho do “Projeto Miguel”. As crianças diagnosticadas passam por uma intervenção psicopedagógica, feita por uma equipe multifuncional e depois são direcionadas a um neuropediatra, que entregará o laudo final da criança.
Já as dificuldades de aprendizado são razões externas que afetam a relação da criança com os estudos. Estes bloqueios podem ser causados por problemas no lar, no ambiente escolar e dificuldades com o método de ensino, dentre outros fatores.
“Algumas das crianças atendidas possuem problemas de autoestima, pois não se sentem capazes de aprender e alcançar notas satisfatórias na escola, então o ‘Projeto Miguel’ busca ajudar o estudante a se reencontrar e derrubar os bloqueios mentais que o impedem de progredir” afirmou Vanessa.
Alguns parceiros se solidarizaram e apoiaram a causa. A ótica Clean doa armações e lentes para crianças do projeto que não possuem condições de arcar com os custos de um par de óculos.
As crianças e adolescentes do projeto também puderam conhecer a empresa Apis Brasil, dedicada à extração e manipulação de própolis verde. No último ano, a doceria Carolices doou chocotones para as crianças do projeto celebrarem o Natal.
“Antes de passar nas aulas, ele não gostava de estudar, fazia cara de cansado ao realizar as atividades da escola” afirmou uma mãe responsável por um dos alunos do projeto. “Depois que ele começou a frequentar o espaço Despertar ele é outra criança, eu o chamo para fazer as atividades e ele vem sem reclamar” afirmou a mãe.
O “Projeto Miguel” vem mudando a vida de muitas crianças e jovens. Os pais interessados em contar com os trabalhos do projeto devem enviar um relato contando a história do aluno ao e-mail: projetomigueldespertar@gmail.com.
Para mais informações e meios para contato com o projeto Miguel: https://www.instagram.com/psicopedagoga.pinda/.

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