História : O protegido da cobra cascavel
Esta, da edição TN de 6/2/1904, teria acontecido há mais de cem anos. Segundo a republicação na Tribuna, quem relatava era o jornal “The Miner” (“O Mineiro”) de Tampah ou Tampa, cidade localizada na Baía de Tampa, ao longo da Costa do Golfo da Flórida.
O autor da narração (não identificado no relato) fala na existência de um possível sentimento de gratidão dos animais (no caso, inclusive dos peçonhentos), para com as pessoas que lhes são merecedoras.
O narrador não identifica o tipo de cobra envolvida em sua narrativa como cascavel, mas de cobras de cascavel. Chamavam de cascavel os anéis, ou seja, o chocalho que essa cobra traz na extremidade da cauda…
“As cobras de cascavel são agradecidas a quem consegue ganhar a sua estima.
“Meu irmão Gim encontrou uma dessas cobras com 9 palmos de comprimento, encolhida sob um penhasco e sem pode se mover. Em vez de aproveitar de tão favorável conjuntura para matá-la, enterneceu-se e libertou o pobre réptil. Desde então a cobra converteu-se num animal favorito, seguindo-o por toda a parte e vigiando-o com a fidelidade de um cachorro.
“Uma noite, meu irmão despertou e não vendo a cascavel no lugar de costume, aos pés da cama, pensou que alguma coisa extraordinária se dera.
“Levantou-se, foi procurá-la, o que viu ele? A cobra enrolada num ladrão, no quarto contiguo, e tocando furiosamente os cascavéis, como quem trila um apito chamando a polícia.”