Rua Bicudo Leme
Essa rua tem o nome do suposto fundador da nossa cidade, mas já foi chamada de Rua Direita, Rua dos Três Andradas, Rua José Bonifácio, Rua do Comércio.
Hoje Bicudo Leme é sinônimo de saudade das nossas glórias e tradições.No seu inicio a igreja Matriz que marca a história religiosa, política, cultural, econômica e épica da cidade, caminhando por esta rua, à esquerda podemos ver a Praça do Cruzeiro ou Praça Dr. Francisco Romeiro, enfeitada com graciosas e antigas primaveras, na praça havia a igreja chamada Igreja do Rosário, e ao lado de seus canteiros, ainda vemos os Cruzeiro que deu origem ao seu nome.
À direita desta praça o antigo casarão da família Salles que resiste ao tempo, sendo um dos únicos casarões bem mais conservados do tempo áureo do café. Existem também outras casas de famílias tradicionais do nosso município próximo a esse largo, como os Farah e Zamith.
Seguindo logo a frente, à nossa esquerda temos a praça de esportes do Batalhão Borba Gato, que antigamente onde hoje abriga o batalhão, era um grande mercado e a praça era chamada de Largo dos Homens.
A Rua Bicudo Leme é via de acesso para os que buscam ar puro da Serra da Mantiqueira, mas foi também a trilha de outrora seguida pelo bravo Pindamonhangabense Padre Faria de Fialho, que deu o nome a praça do quartel.
Na Rua Bicudo Leme existiram muitos sobrados, mas infelizmente, os velhos sobrados foram substituídos por paredes de vidro e de concreto, mas a rua antiga deixou saudades, que hoje podemos constatar por velhas fotos que nos dão vontade de tentar reconstruir o que ainda restou de um tempo onde os homens se importavam mais com suas tradições, com a sua cidade, fazendo dela sua própria casa.
Não podemos ser contra o progresso, ou esperar que tudo continue para sempre como está, pois, o desenvolvimento não pode ser parado. É evidente que nossas cidades devem se modernizar, que novas construções devem surgir e a paisagem mudar, mas o que não deve nunca ser deixado de lado é a preservação do patrimônio histórico, pois ele representa a materialização da nossa história e da identidade cultural coletiva.
O que nos resta fazer é reconhecer a importância do patrimônio remanescente, conscientizar a população de sua importância coletiva, mudando a concepção antiga de que coisa velha não tem importância e cobrar das autoridades responsáveis a correta preservação de tudo aquilo que tiver relevância para a história coletiva e da região.