Vanguarda Literária : CRIANÇAS: REDENÇÃO DO MUNDO!
O dia 12 de outubro foi oficializado em 1924 como o Dia da Criança por meio de um Decreto do Presidente da República da época, Arthur Bernardes, mas, somente a partir de 1960 é que passou a ser comemorado. No nosso mundo atual, em profundas transformações, muito se fala e se escreve sobre o processo educativo desses pequenos seres especiais. Nunca houve tanta abordagem sobre crianças problemáticas, sem limites, abandonadas, sem lar e sem porvir.
Cristo, em Mateus 19:14, falou: “Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, pois o reino dos Céus pertence ao que são semelhantes a elas”. Eis uma verdade muito ampla e profunda que jamais poderiamos imaginar em palavras tão simples. Aqui, se torna necessário entender que, nos ensinamentos do Evangelho, criança não é apenas aquele que está em idade infantil. Acima de tudo, o Evangelho conclama os adultos para que despertem em si a beleza das características da pureza da criança. Ela é espontânea, sem maldade, vê a vida com descontração, envolve-se em situações existenciais de leveza, candura, delicadeza e se deixa conduzir conforme o rítmo que a vida lhe apresenta. Se conduzida com amor, com carinho, ela não se rebela e nos responde com o seu belo potencial. Aqui, reside a nossa grande responsabilidade: oferecer amor, acolhimento, limites e ternura. E, essa responsabilidade está bem clara no Evangelho de São Mateus: “Não desprezeis a qualquer desses pequeninos; não é vontade de Vosso Pai que um desses pequeninos se perca; todas as vezes que deixastes de fazer a um deles, foi a mim que deixastes de fazer”.
E, o que é viver como criança? Viver como criança é deixar-se envolver por elas, visto que, ao assim se proceder, desperta-se a simplicidade no relacionamento com o próximo, com o mundo e com Deus. Elas são os nossos professores por excelência! Ensinam-nos brincando, dizendo verdades. Será que nós, os denominados adultos, que pretendemos ensiná-las, não as estimulamos a perder a simplicidade, entregando-as aos modismos de um mundo consumista, pérfido, erotizante, em que prevalecem a lei da vantagem a falta de solidariedade e a origem de todas as violências?
Nos tempos atuais, num mundo tão cheio de desigualdades, encontramos em meio à pobreza, à miséria, milhões de crianças que, aos poucos se transformam em adultos sem esperança, devido à falta de amparo e de amor e que cairam nas garras do abandono. As crianças, nossos professores, não só para mim, Pediatra por opção e, sobretudo, por vocação, mas, para todos, têm que ser PRIORIDADE! PRIORIDADE individual, coletiva, familiar e, sobretudo, governamental! POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS PARA AS NOSSAS CRIANÇAS, o futuro da Nação Brasileira! Elevemos a nossa voz por elas! Sem demagogias! Sem hipocrisias!
Rogo, em gritos reprimidos,
o resgate mais prudente:
os menores respeitados
com seus direitos de gente!
Despertemos, em todos nós, os atributos das crianças para superarmos o nosso mundo de imperfeições e injustiças, porque assim estaremos, sem dúvida, mais abertos para a Metodologia do Amor, e, acima de tudo, sintonizados com o Criador, indo ao encontro da verdadeira sabedoria.