Editorial : Tiradentes e a Inconfidência Mineira

Nesta semana, comemoramos com feriado nacional o Dia de Tiradentes. Porém a importância desta data por vezes é negligenciada e muita gente nem sabe ao certo do que se trata.

A Inconfidência Mineira, movimento liderado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, negava fidelidade a Portugal, era contra a “derrama” que permitia ao governo português confiscar ouro e bens da população mineira e cobrar altíssimas cotas de impostos. O principal objetivo dessa revolução era realmente buscar a liberdade e a independência do Brasil. Entre os inconfidentes estavam alguns devedores do Erário Régio, como o coronel Joaquim Silvério dos Reis que, em troca do perdão de sua vultosa dívida, delata o movimento.

Todos os movimentos liderados por Tiradentes a fim de libertar o Brasil o jugo português findaram-se com a delação, que o levou à prisão em 10 de maio de 1789, e a seguir, seus conjurados. Seu julgamento perdurou 3 anos.

Em 18 de janeiro de 1790, Tiradentes assume toda a responsabilidade da conspiração: “Premeditei o levante, ideei tudo, sem que nenhuma outra pessoa me tenha movido ou inspirado coisa alguma.” Condenado à morte, no dia 21 de abril de 1792, Tiradentes foi executado, esquartejaram-lhe o corpo e sua cabeça foi exposta no alto de um poste em Vila Rica.

Nos atos do Poder Legislativo, no artigo 1º, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é declarado o Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei nº 4897 de 9 de dezembro de 1965, sendo decretado feriado nacional o dia do seu holocausto.

Porém, a verdadeira herança que ele nos legou foi a sua obsessão pela justiça, pois deixou-nos a mensagem de que o seu sonho e de seus companheiros de ideal pode se tornar realidade. Lutemos por uma Nação íntegra, moderna, livre, com o povo exercendo o seu pleno e consciente poder de cidadania.