Vanguarda Literária : OBJETIVOS PARA DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO
A Organização das Nações Unidas (ONU) em importante reunião, em setembro de 2000, com as presenças de dirigentes de grandes nações, estabeleceu os OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODM) para guiar os esforços coletivos dos países no que se referem ao combate à pobreza e desenvolvimento sustentável. Entre as oito metas da ONU apresentadas na DECLARAÇÃO DO MILÊNIO destacam-se: “Reduzir a mortalidade de crianças (ODM 4), “Melhorar a Saúde Materna” (ODM 5) e “Combater o HIV/AIDS , a malária e outras endemias”(ODM 6), metas essas que requerem um esforço institucional dos países envolvidos no apoio ao desenvolvimento de estratégias de saúde e dos sistemas de saúde, no domínio de recursos humanos, e no adequado financiamento público. É evidente que as ODMs apresentam desafios para o desenvolvimento social os quais exigem iniciativas de articulação entre diversos governos, e mecanismos para determinação de políticas, estratégias e ações a serem implantadas, nacional e localmente, com a grande finalidade de promover a qualidade de vida de todas as pessoas e povos e, consequentemente, reduzir as injustiças sociais. As três ODMS mencionadas ,todas ligadas à problemática e desafiadora área da Saúde,para o seu cumprimento, carecem de integração com outros setores governamentais, visto que as ações e implementação delas se fazem com a colaboração do planejamento, moradias decentes, trabalho digno e daí por deante. Trata-se, pois, de Direitos Humanos Fundamentais, tendo em vista a relevância da dignidade humana. Torna-se imperioso considerar o respeito e a valorização da pluralidade cultural e étnica entre os diferentes atores sociais e povos como inerentes à reafirmação da universalidade de direitos humanos e sociais. Aqui, destacamos a importância vital da participação da sociedade civil para que se concretizem as ODMs, discutindo e exigindo melhorias na qualidade da prestação de serviços de saúde, sem perder de vista os determinantes sociais sobre as condições de vida e de saúde das pessoas. Quais são esses determinantes? São vários, e, entre eles se destacam: a idade, o gênero, as condições sócio-econômicas, a condição étnico-racial,o local de habitação (rural ou urbano), a orientação sexual e o nível de escolaridade.
Já passamos dos 30 anos da Declaração de Alma-Ata.Como sabemos, a célebre Conferência Internacional sobre cuidados Primários de Saúde, realizada no período de 6 a 12 de dezembro de 1978 no Cazaquistão,buscou estabelecer a Promoção de Saúde como uma da importantes prioridades da nova ordem econômica internacional.É importante que se saliente que os sistemas orientados em função da Atenção Primária em Saúde têm mostrado vantagens, sobretudo no que diz respeito a custos baixos ,principalmente nos tempos hodiernos de crise que o mundo vive.As políticas de saúde devem ser abrangentes,uma vez que há gastos com medidas curativas e de recuperação de agravos os quais consomem recursos consideráveis.Reafirmar os princípios norteadores de Alma-Ata é possibilitar maior atenção à saúde do enorme contingente populacional ( e são milhões de seres humanos!) ,como afrimava o ex-Secretário Geral da ONU:Kofi Annan,Prêmio Nobel da Paz em 2001:” Pensemos nos que sofrem ‘a beira do caminho !”.É importante salientar que esses desafios podem ser encarados com sucesso desde que haja vontade política dos governantes, honestidade na aplicação dos recursos, e clareza em todas as ações que visem trazer melhor qualidade de vida para os nossos semelhantes.
A humanidade não pode esperar!
Precisamos aplacar as mazelas sociais e tornar menos sofrida a vida dos que nada têm, dos excluídos que anseiam um pouco de felicidade. O planeta sofre sérias ameaças! Nunca uma espécie ameaçou tanto a sua sobrevivência com a espécie humana! Precisamos preparar um mundo melhor para as futuras gerações !