Nossa Terra Nossa Gente : O DESFILE DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA
Três de setembro de 2022. Cheguei cedo à Praça Sete de Setembro. Queria ver as crianças e seus pais chegando para o Desfile Cívico-Militar comemorativo ao Bicentenário da Independência do Brasil. Queria prestigiar a gloriosa Corporação Musical Euterpe concentrar-se, afinar os instrumentos, abrir o desfile na Avenida Albuquerque Lins. Queria entrevistar os lobinhos, escoteiros e sêniores do Grupo Escoteiro Itapeva 97/SP e, também, saber um pouco mais dos 40 anos da história dos ‘Sempre Alerta’ em Pindamonhangaba. Por fim, como munícipe, encontrava-me ali para prestigiar o desfile das escolas, entidades e outras instituições pindamonhangabenses.
Em frente ao palanque, posicionei-me. Ali, certamente, vislumbraria as evoluções das fanfarras, as piruetas das balizas e a salva de palmas mais calorosa de todo o trajeto do desfile a ser finalizado à altura da rua Laerte Machado Guimarães.
Este ano, a cerimônia teve um sentimento especial, pois, além da comemoração do Bicentenário da Independência, Pindamonhangaba celebra o primeiro centenário do obelisco, erguido na Praça Monsenhor Marcondes e inaugurado em 7 de setembro de 1922 numa bela homenagem aos pindamonhangabenses da guarda de honra de D. Pedro I na Independência do Brasil.
Essa temática, adotada pela maioria das escolas, levou muitos “Dom Pedrinhos” e “Leopoldininhas” a desfilarem. Também fiquei encantada com a originalidade dos ‘cavalos’ da Guarda de Honra do Imperador, confeccionados com cabos de vassoura e cabecinhas de garrafas pets, ornamentados com cabresto e rédea, para que os aluninhos da Rede Municipal de Ensino de Pindamonhangaba pudessem saudar o grande feito da Princesa do Norte neste capítulo da história de nosso país.
As fanfarras de duas escolas – E.E. Ensino Integral Profª. Eunice Bueno Romeiro e EM Julieta Reale Vieira – FAJURE – deram um show de evolução e foram aplaudidas efusivamente pelas autoridades civis e militares concentradas no palanque e, sobretudo, pela população que ovacionava os maestros e os músicos – muitos deles, alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental.
No recuo, ao lado do palanque, a FAJURE deu sustentação ao desfile das demais escolas e órgãos que, uma a uma, apresentavam-se com uma representatividade de professores, alunos e colaboradores, trazendo conteúdos alusivos à história de Pindamonhangaba no Grito do Ipiranga: 14 escolas municipais, Sala de Recursos Multifuncionais, NAP, Projeto Casa Verde, Parceria Prefeitura Municipal e Universidade de São Paulo, Terceiro Setor/Projetos Educacionais.
Na sequência, quem abrilhantou o desfile foram algumas entidades e instituições pindamonhangabenses, saudadas calorosamente pelos espectadores: Amicão, Proteja um Focinho, Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Pitica, Herói Mirim, Projeto Rayane, Projeto Jataí, Igreja da Cidade, CTI, AREX – VP, Defesa Civil de Pindamonhangaba, Departamento de Trânsito, Guarda Civil Metropolitana,Corpo de Bombeiro, Exército Brasileiro, 11º Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada e 12º Companhia de Engenharia de Combate Leve.
Confesso que, em cada escola, em cada professor, em cada aluno, eu me vi representada, ora sendo a garotinha da baliza, ora a mocinha da caixa repique, ora a professora cuidando do pelotão de seus alunos, ora a mãe que, a meu lado, aguardava orgulhosa a passagem de seus filhos…
No desfile do Bicentenário da Independência do Brasil, revi o filme dos meus desfiles como aluna (ao todo, 13), como professora e mãe (mais de 30) e, na atualidade, como cronista de Nossa Terra, Nossa Gente. Convoquei todas essas ‘Juracis’ para compor o último pelotão. E, quando adentramos a Albuquerque Lins, junto à marcha dos meus pés, estavam os pés de milhões de alunos e de professores, brasileiros e brasileiras que, assim como eu, fizeram ou fazem parte desses 200 anos de história da nossa “pátria mãe gentil”!