ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: ALGUMAS REFLEXÕES…
No próximo dia 30 de outubro, os eleitores irão eleger o nosso 38º Presidente da República. Nunca as forças políticas se apresentam tão antagônicas, agressivas, agindo publicamente em total desrespeito com os cidadãos! Nunca o nível de debates foi tão crítico, de nível abaixo do medíocre, dos candidatos, que, para nosso estarrecimento, ao invés de apresentarem propostas sérias de governo, passaram a ataques pessoais que revelaram, sobretudo, ódio recíproco e ânsia por poder. Para decepção de todos nós, brasileiros, foram relegadas para segundo plano as prioridades do nosso sofrido país, o que é por demais triste e temerário. Instalou-se um clima de radicalização em que foram jogados no abismo do desprezo os princípios fundamentais de civilidade e os direitos do cidadão.
A Filosofia nos ensina que, quando se aproxima o obscurantismo, fenômeno social caracterizado pela difusão de atitudes de ataque ao conhecimento e à razão, de cultivo de atitudes fortemente agressivas contra tudo aquilo que possa ser considerado ameaçador para posições ideológicas preconceituosas.Tal fenômeno, que infelizmente presenciamos, nega a instrução e conhecimento às pessoas, o que é grave, trazendo como consequência a ausência de progresso intelectual e material. Para enfrentar essa situação, antes de tudo, se faz urgente a defesa intransigente da Educação e da Ciência.
Dessa maneira, qualquer que seja o ataque ao conhecimento, venha de onde vier, deve ser repudiado por todas as forças da nossa sociedade que não pode ficar passiva ante o que acontece. Esse clima de agressividade vigente, já mencionado, atinge todas os níveis de poder, tendo como consequência o seu enfraquecimento. Todos nós que compomos a sociedade civil organizada receamos que, na marcha em que caminham os acontecimentos, a BARBÁRIE nos espera! No sentido grego da palavra, barbárie se refere à falta de humanidade, pois, tradicionalmente o bárbaro é aquele que permanece alheio à civilização greco-romana, e, por essa razão, tanto Platão quanto Aristóteles (Filósofos Gregos) admitem que a escravidão é um destino que lhes é favorável. Que legaremos às gerações futuras? Nesse momento de lamentável polarização política, não se trata de ser do partido verde ou vermelho.Trata-se de valorizar o nosso voto,de defender os direitos inalienáveis do Cidadão: Saúde, Educação.
Segurança, Habitação, Alimentação e Emprego, entre outros. Seja quem for o próximo Presidente da República, os integrantes do Congresso Nacional, torna-se urgente e necessária a organização da Sociedade para produzir uma força poderosa que exija a execução de um Grande Projeto para o Brasil, possibilitando sobretudo acesso ao saber, defesa intransigente da Ciência e da Escola, sob pena de comprometer o porvir das gerações futuras que esperam um Brasil mais justo, de paz e de esperança.
José Valdez de Castro Moura