Nossa Terra Nossa Gente : A MÚSICA E O JARDIM DE BRUNO HENRIQUE DOS SANTOS

Bruno Henrique dos Santos, pindamonhangabense do Bairro Santa Cecília, desde menino se viu encantado pelas artes: desenho, ilustração e… a música. Virtuoso, aos 13 anos formou sua primeira banda com o primo Fabiano e o amigo Fábio Bill. Era o tecladista da BLACK KOMMODORO, banda que fez história na Princesa do Norte e alavancou o interesse do jovem músico para os estudos de piano erudito e popular, flauta transversal e gaita diatônica com professores de renome da região.

De instrumentista a professor, Bruno dividiu o palco com diversas bandas, apresentando-se em hotéis e restaurantes, empresas de casamentos e eventos no Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, São Paulo e Rio de Janeiro, multiplicando seu conhecimento com novas gerações de músicos.

Seu exímio talento para a música clássica foi fundamental para que Bruno conquistasse a vaga de pianista e tecladista na Orquestra Filarmônica do Vale e na Big Band de Taubaté, engajamento que lhe propiciou apresentações memoráveis no Auditório Cláudio Santoro em Campos do Jordão, e, também, em outras salas a que eram convidados de honra.

A SENHORA E O JARDIM, um de seus trabalhos autorais, ganhou corpo, som e dramaturgia num belíssimo espetáculo no Teatro Galpão em janeiro de 2020, o qual tive a honra de prestigiar, além de adquirir as duas edições de sua peça literomusical: a Composição Musical para Quinteto de Cordas, Piano e Percussão e, também, o texto poético “A Senhora e o Jardim”, em coautoria com o exímio escritor Ricardo Estevão.

A ideia desse espetáculo foi gestada por Bruno desde 2014, quando o jovem músico sonhou compor algo grandioso para piano e corda, aos moldes das clássicas composições de Tchaikovsky e, assim, realizar o sonho de dar continuidade à música erudita brasileira.

Com esse fim, arregimentou o conceituado maestro da Banda Euterpe, Marcos Souza, para regente da Camerata que deu o tom às onze composições de “A Senhora e o Jardim”, tendo: Rodrigo Salles ao piano; Tiago Oliveira no violoncelo; Luís Umberto no contrabaixo; Ronilson Misael na viola; Diego Rosa e Guima Esley na percussão; e, no quarteto de violinos, Eloísa Rocha, Viviane Queiroz, Lucas Pontes e Lucas Rodrigues.

O espetáculo de música erudita e de poesia contou também com a participação especial da premiadíssima intérprete Rhosana Dalle, que, é sabido de toda gente, quando tem o palco sob seus pés, eleva a plateia do chão. Devido a esse seu reconhecido carisma, coube-lhe a narrativa da história dos personagens centrais do enredo: a médica Clarice, seu amado Rodrigo e, de modo especial, a voz narradora da história (cuja identidade é revelada somente ao final).

No período da pandemia da Covid 19, como muitos outros artistas, Bruno precisou abrir novos caminhos profissionais e, graças ao seu talento para composição, conquistou espaço no mercado de desenvolvedor independente de games e de trilhas sonoras para cinema!

Bruno também aproveitou esse tempo de isolamento social para compor outras peças de piano solo para novos espetáculos que, futuramente, pretende lançar com seus respectivos livros de partitura, entre as quais, “Entardecer” e “Para um pequeno anjo”.
Quem teve a honra de prestigiar a beleza e a potência do trabalho do Bruno sabe que a música é a sua luz magistral, o seu jardim no mundo! Eu diria um pouco mais: o seu talento e a sua contribuição à música popular e erudita brasileira são “canteiros de sonhos, pétalas de esperança” para a nossa Princesa do Norte que tem, entre seus ilustres filhos, uma galeria de músicos de renome: João Gomes de Araujo, os irmãos San Martin, Bruno Henrique dos Santos …

  • Divulgação.
  • Juraci de Faria é escritora, poetisa e membro da APL - Academia Pindamonhangabense de Letras